Brasília, 03/10/2024

Brasília, 03/10/2024

Investigação sobre atos golpistas poupa membros das Forças Armadas

Envolvimento de militares em atos golpistas gera atritos no governo Lula - Foto: Ricardo Stuckert/PR/Flickr

Os órgãos de investigação civis que atuam no ataque golpista contra os três Poderes, que aconteceu no dia 8 de janeiro em Brasília, focam nos envolvidos nos atos de vandalismo, políticos que contribuíram ou se omitiram na ação dos bolsonaristas e  policiais militares do Distrito Federal. No entanto, até o momento, membros da Forças Armadas ainda não foram investigados.

O total de 1.420 pessoas foram presas em flagrante nas operações deflagradas pela Polícia Federal, desde o dia 8 de janeiro. No entanto, a ausência de militares entre os alvos  de denúncias feitas pelo Ministério Público e nas ações da  PF ocorre mesmo com o discurso de que todos os envolvidos nos ataques serão punidos, o que tem funcionado como uma bandeira política do governo Lula (PT). Os dados foram divulgados pela Folha de S. Paulo, em reportagem da terça-feira, 7.

A  manutenção do acampamento golpista, antes dos ataques do dia 8, aconteceram na frente do  quartel-general do Exército de Brasília, condição que facilitou o avanço dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não aceitaram o resultado da última eleição presidencial.

Na noite dos ataques, o Exército ainda impediu a entrada da Polícia Militar para prender os golpistas. A operação para acabar com o acampamento foi realizada apenas no dia seguinte, com o aval do presidente Lula (PT).

Um relatório em posse do Ministério da Justiça identificou ao menos oito militares da ativa lotados na Presidência da República, durante o governo Bolsonaro, que compareceram no ano passado a atos no acampamento golpista, como revela apuração feita pela Folha de S. Paulo.

Ainda segundo a publicação, mesmo com as informações, nenhum militar está entre os 653 denunciados pela Procuradoria-Geral da República ou na lista dos 20 presos e alvos dos 37 mandados de busca e apreensão cumpridos nas cinco fases da operação Lesa Pátria, que é liderada pela Polícia Federal. (A Tarde)

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