Com pouco mais de dois meses de governo Lula (PT) pode-se dizer que o União Brasil é hoje “um problema e não uma solução”, apesar de ter ganho três ministérios na Esplanada. O presidente Lula até aceitou o pedido de explicação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (foto), para tentar acertar o passo. Só que até o momento uma ala do partido dá sinais claros de que não está com vontade de votar temas de interesse do governo no Congresso. Aliado a isso, o governo não vem conseguindo atrair os partidos que não estiveram com o PT nas eleições. Existe uma tese de que se o governo não acertar a relação com o União Brasil os demais partidos ficam com receio de apoiar o governo.
STF
A corrida para ocupar a vaga do ministro Ricardo Lewandowski – sai em dia 11 de maio – tem três no páreo: o advogado Cristiano Zanin, advogado de Lula na jornada do cárcere à presidência da República, o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, e Manoel Carlos de Almeida, que tem o apoio de Lewandowski.
Bancada Moro?
O senador Sergio Moro (UB-PR) já tem uma espécie de bancada de “mais votados” na Câmara para defender seus projetos de combate à corrupção etc. Até o momento o grupo é integrados pelos deputados Deltan Dallagnol (Podemos-PR), Rosângela Moro (UB-PR), Kim Kataguiri (UB-SP) e o Nikolas Ferreira (PL-MG), que cometeu alguns pecados por ocasião do Dia Internacional da Mulher. Para evitar dissabores futuros, o PT já se prepara para isolar a “bancada” de Moro.
Estatais
Como era esperado, o ministro do STF, André Mendonça, pediu vista e parou o julgamento da Lei das Estatais. Assim, a Corte só volta a julgar quando o ministro devolver o terma ao plenário.
Convocação
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deverá ser convocado ou convidado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para dar explicações sobre a atual política de juros. O “convite” deverá ser votado amanhã (14). O presidente Lula (PT) voltou a fazer ataques ao BC em função dos juros altos.
Futuro do PSDB
O presidente do PSDB e governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, tenta reunir forças para reorganizar o que restou dos tucanos. A missão não está sendo fácil, pois o resumo recente é lamentável: o PSDB elegeu 13 deputados federais e perdeu a eleição em São Paulo, reduto de quase 30 anos de poder. Em entrevista ao Valor, Leite foi otimista e deixou claro: “O futuro é o que deve nos unir no PSDB”.
Boas ideias
O ex-ministro José Dirceu não está no governo, mas algumas de suas opiniões estão sendo levadas em conta. Dizem que a colocação da Petrobras como indutora de investimentos tem o dedo de José Dirceu. Um petista bem leve diz sem rodeios: “Boas ideias sempre são bem recebidas em um governo democrático”.
Estatais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou aliados para integrarem conselhos de empresas estatais. Alguns adversários não perdoaram as indicações de aliados. Só para saber: algum governante nomeia adversários? Os que atacam não falaram nada dos mais de 6 mil militares indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para cargos no governo.
Alerta ao MST (usar foto de Romeu Zema)
Em vídeo, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), avisa o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: “Cerca existe para ser respeitada. Aqui em Minas, não vamos tolerar invasão. O homem do campo precisa de segurança e paz para trabalhar”. As recentes invasões do MST na Bahia ligaram o alerta de muitos governadores.
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