O Ministério Público Eleitoral (MPE) defendeu que Jair Bolsonaro (PL) seja declarado inelegível em manifestação enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quarta-feira (12). O ex-presidente é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação devido à reunião com embaixadores pouco antes das eleições de 2022, no Palácio do Planalto. Na ocasião, Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas e criticou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em 31 de março, o corregedor-geral do TSE, ministro Benedito Gonçalves, encerrou a fase de coleta de provas no processo contra Bolsonaro. Segundo despacho do ministro, há um “rico acervo probatório” contra Bolsonaro. Segundo o texto, durante três meses, “foram realizadas cinco audiências e requisitados todos os documentos, inclusive procedimentos sigilosos, relacionados aos fatos relevantes para deslinde do feito”.
Depois de 10 dias do encerramento da coleta de provas, a defesa do ex-presidente apresentou as alegações finais, que estão sob sigilo. Após a manifestação do MPE, a ação será analisada pelo plenário da Corte, o que pode ocorrer ainda neste mês. A depender do julgamento dos ministros, Bolsonaro pode se tornar inelegível.
83 móveis do Alvorada estão desaparecidos
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência informou que 83 dos 261 móveis desaparecidos do Palácio do Alvorada desde que Jair Bolsonaro desocupou o prédio ainda não foram localizados. A informação foi obtida por meio da Lei de Acesso à Informação após solicitação do jornal Folha de S. Paulo.
Na primeira semana do atual governo, a primeira-dama Janja Lula da Silva expôs o estado de deterioração de alguns móveis na residência oficial do presidente, além de problemas na estrutura do prédio, como infiltração. (BdF)