Brasília, 30/09/2024

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Em Pequim, Putin elogia ‘posição imparcial’ da China sobre guerra da Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, em visita oficial à China nesta quinta-feira (16), declarou que as negociações realizadas em Pequim com o líder chinês, Xi Xinping, foram extremamente intensas e significativas.

Putin destacou que a declaração conjunta assinada pelos líderes da Rússia e da China sobre o aprofundamento das relações “estabeleceu novas tarefas de grande escala e diretrizes a longo prazo para o desenvolvimento de todo o complexo de laços russo-chineses”.

Na declaração conjunta de Putin e Xi Jinping, foi destacado que a resolução para a crise ucraniana deve “eliminar as suas causas profundas” e que deve ser evitado o prolongamento do conflito.

“As partes partem do fato de que para uma resolução sustentável da crise ucraniana é necessário eliminar as suas causas profundas e aderir ao princípio da segurança indivisível, tendo em conta os legítimos interesses e preocupações de todos os países no domínio da segurança”, diz o documento.

Moscou avaliou positivamente a posição imparcial de Pequim sobre a questão ucraniana e saudou a sua vontade de desempenhar um papel construtivo em uma solução política e diplomática.

As partes destacaram a necessidade de evitar quaisquer medidas que contribuam para o prolongamento das hostilidades e apelaram à prevenção de que o conflito passe para uma fase incontrolável.

Em particular, durante uma reunião informal, ao comentar as discussões bilaterais sobre a guerra da Ucrânia, Putin prometeu informar o líder chinês sobre a situação em torno do conflito. O presidente russo também agradeceu Xi Jinping “pelas iniciativas apresentadas para resolver este problema”.

Xi Jinping, por sua vez, sublinhou que ambos os países apoiam uma solução política para o conflito ucraniano. “Ambos os lados acreditam que uma solução política para a crise ucraniana é a direção certa, e a posição da China sobre esta questão sempre foi clara e consistente”, destacou Xi Jinping.

A China apresentou o seu plano de resolução da guerra em 24 de fevereiro de 2023, um ano após a intervenção russa na Ucrânia. O documento prevê como condições a adoção de um cessar-fogo, a retomada das negociações e o levantamento das sanções unilaterais.

 A Ucrânia criticou o plano chinês, argumentando que a iniciativa não incluía uma condição para a retirada das tropas russas do território da Ucrânia.

A declaração conjunta entre os dois líderes também defende a necessidade do cumprimento das obrigações internacionais relativas às imunidades dos Estados e dos seus bens, incluindo as reservas soberanas.

Foi também destacada a importância de expandir a cooperação militar e energética entre Rússia e China, com base na confiança estratégica mútua, aumentando “constantemente o potencial e o nível de resposta conjunta aos desafios e ameaças’.

“Moscou e Pequim aprofundarão ainda mais a confiança e a interação no campo militar, expandirão o escopo dos exercícios conjuntos e do treinamento de combate, conduzirão regularmente patrulhas marítimas e aéreas conjuntas”, diz a declaração.

A visita oficial de dois dias do presidente russo à China acontece de 16 a 17 de maio. Participam da delegação russa o novo ministro da Defesa, Andrei Belousov, o ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e o secretário do Conselho de Segurança, Sergei Shoigu (ex-ministro da Defesa). (Brasil de Fato)

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