Brasília, 28/09/2024

Brasília, 28/09/2024

Comunidades ribeirinhas do Amazonas enfrentam dificuldade para conseguir água potável por causa da seca extrema

seca extrema vem provocando muitos transtornos para comunidades ribeirinhas do Amazonas. Dezoito comunidades rurais estão isoladas no município de Manaquiri, Região Metropolitana de Manaus; 6 mil pessoas são diretamente afetadas pela seca.

O principal canal de acesso ao município é chamado de Paraná do Manaquiri. Por lá, em condições normais do rio, passam balsas e barcos grandes. Mas, desde o fim de agosto, já não é possível por causa dos bancos de areia. Agora, a opção mais viável que liga Manaquiri à capital Manaus é por outro afluente. Só que a viagem ficou em média uma hora mais longa.

“Não sei nem chegar em casa direito. Eu acho que vai ficar pior ainda. Ainda tem o mês de setembro, outubro todinho para secar. Acho que nós vamos ficar sem água esse ano para trafegar”, diz o pescador José Ribamar Nogueira da Silva.

De acordo com o monitoramento, o Paraná do Manaquiri seca, em média, 20 cm por dia.

“O nosso rio está um mês antecipado da estiagem do ano passado para essa de hoje. Então, é preocupante. Possivelmente vai superar o ano passado e a tendência é que, Deus o livre, até chegar a mortandade de peixe”, conta Rondiney da Silva Pereira, agente de Defesa Civil de Manaquiri.

Quem mora às margens dos rios enfrenta também o desafio de ter água tratada. O agricultor Ivanildo Freire de Sousa navegou 1 km e subiu muitos degraus até o ponto de abastecimento mais próximo. O esforço dele atende toda a família, que já está com a casa flutuante encalhada há dois meses.

“Até 20 de dezembro, dia 20 de dezembro é que água nova chega aí. É quando a gente flutua de novo”, diz.

“Nossa realidade é essa. Isso aqui não era assim. Isso aqui era só água. Quando eu vim morar aqui, o mato chegava até ali, lá naquele mato. Olha aí como é que está. A gente está temendo que aqui seque cada vez mais cedo e aí se forme só terra, e aí a gente vai viver como sem água?”, diz a agricultora Queila de Silva de Sousa. (Jornal Nacional/G1)

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