Em meio à adesão cada vez maior da iniciativa de paz liderada por Brasil e China para resolver o conflito na Ucrânia, o presidente Putin também comentou a situação e lembrou que não foram as ações russas que levaram à escalada das tensões na região. Segundo o líder russo, a cúpula mostrou ainda que todos os países participantes estão comprometidos em apoiar o fim pacífico dos combates o mais rápido possível.
O especialista acredita que o sucesso do evento em Kazan mostra também ao mundo ocidental que a Rússia não está isolada e, pelo contrário, recebe apoio no Sul Global.
“A maioria dos países não concordou com a estratégia estadunidense de a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] transformar a Rússia em um pária. Pelo contrário, as relações com a região se ampliaram, e não a partir de um movimento bélico ou de apoio à questão militar russa, mas no aspecto político”, diz.
As tensões no Oriente Médio também se mostraram como outro ponto de preocupação para os países do BRICS, com a região à beira de uma guerra total provocada por Israel. Putin lembrou que os líderes defendem uma negociação com a participação de todos os agentes envolvidos no conflito, como Hamas e Hezbollah.
“Como Israel tem o apoio incondicional da União Europeia e dos Estados Unidos, ele se sente à vontade para agredir seus vizinhos. E essa agressão leva a uma reação de diferentes escalas. Então, o presidente Putin chama a atenção de que isso tem que ser freado e os aliados de Israel têm que ser chamados. É importante que Estados Unidos e União Europeia entrem em campo para diminuir essa escalada, que é uma escalada feroz”, finaliza. (Sputnik)