Numa decisão que poderá mudar o rumo político do presidente eleito Donald Trump , o juiz Juan Merchan, de Nova Iorque, decidiu esta segunda-feira que a sentença marcada para 10 de janeiro não poderá ser adiada. A decisão está relacionada aos pagamentos feitos à atriz Stormy Daniels.

O magistrado enfatizou que “os procuradores opuseram-se fortemente a qualquer atraso”, o que significa que o processo judicial continuará a menos que Trump consiga reverter esta decisão através de um recurso num tribunal superior.

Merchan observou ainda que os argumentos apresentados pela defesa eram, em grande medida, repetições de pontos já discutidos anteriormente.

Trump enfrentou um total de 34 acusações de “falsificação contabilística agravada”, decorrentes de pagamentos destinados a silenciar Stormy Daniels sobre a sua relação em 2006. Estas transacções foram feitas para evitar que afectassem a sua campanha presidencial de 2016.

Embora a sentença inicial tenha sido marcada para 11 de Julho, uma decisão anterior do Supremo Tribunal sobre a imunidade criminal de um antigo presidente causou o seu atraso.

Faltando apenas dez dias para assumir novamente o cargo em 20 de janeiro, Trump enfrenta um futuro incerto.

No entanto, o juiz Merchan indicou que o ex-presidente poderá assistir à audiência pessoalmente ou através de meios virtuais e garantiu que não tem intenção de impor a prisão ao futuro presidente.

Apesar destes desafios legais, Trump continua a avançar na sua carreira política. Esta segunda-feira foi oficialmente declarado vencedor das eleições presidenciais de 2024, um acontecimento significativo quatro anos depois do ataque ao Capitólio levado a cabo pelos seus seguidores quando tentava reverter a derrota eleitoral em 2020.

“O pedido do réu para suspender este procedimento é negado”, decidiu Merchan, estabelecendo assim um novo capítulo neste caso legal que continua a atrair a atenção do público. (El Nacional)