Brasília, 13/01/2025

Consulado da Venezuela em Lisboa é atacado com artefato explosivo após posse de Maduro

Fachada do consulado venezuelano em Lisboa foi atacado com artefato explosivo – Reprodução/Redes sociais

O consulado da Venezuela em Lisboa, capital de Portugal, foi alvo de um ataque com coquetel molotov na noite deste sábado (11), um dia após a posse de Nicolás Maduro no país caribenho. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, culpou o “fascismo” pelo ocorrido.

“Hoje, o fascismo atacou com bombas incendiárias nossa sede do Consulado Geral em Lisboa, Portugal, atentando contra os serviços prestados a nossos compatriotas”, escreveu em seu perfil no Instagram.

“As agressões irracionais de grupos desequilibrados não poderão reverter os avanços da Revolução Bolivariana. Agradecemos a rápida intervenção das autoridades portuguesas que evitou maiores danos”, adicionou o ministro. “Esperamos que as investigações iniciadas nos permitam encontrar os responsáveis e determinar as responsabilidades correspondentes”, concluiu.

Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores português publicado na rede social X condenou o ocorrido. “O Governo português condena veementemente o ataque ao consulado venezuelano em Lisboa”, diz o post.

O governo de Portugal determinou “o reforço imediato da segurança e a correspondente investigação policial” e lembrou que “a inviolabilidade das missões diplomáticas deve ser respeitada em todos os casos”.

Posse de Maduro

O ataque ocorreu um dia após a posse do presidente Nicolás Maduro, na Assembleia Nacional, em Caracas, em meio às acusações de fraudes eleitorais. Os dias anteriores à cerimônia foram marcados por tensão e uma disputa da oposição em torno do evento. O ex-candidato opositor, Edmundo González Urrutia, questiona os resultados e afirmou que estaria na Venezuela na sexta para tomar posse, o que não ocorreu. Ele é alvo de um mandado de prisão

Em seu discurso de posse, Maduro, que segue para o seu terceiro mandato, falou sobre a interferência dos Estados Unidos na economia venezuelana. Também disse que Washington foi derrotado ao tentar “atacar” o país.

“Tivemos força contra uma articulação pública e midiática dos EUA, que transformaram a eleição da Venezuela em uma disputa global. Não é Maduro, é um povo que cresce em um homem. Se Maduro tem sentido, é porque Chávez tem sentido. Eles tentaram transformar a eleição de um país pacífico, mas a oligarquia está derrotada, os EUA estão derrotados”, afirmou. (Brasil de Fato)

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