David Lynch, diretor de cinema estadunidense faleceu nesta quinta-feira (16), aos 78 anos, vítima de efisema pulmonar. “É com profundo pesar que nós, a sua família, anunciamos o falecimento do homem e do artista David Lynch. Gostaríamos de ter alguma privacidade nesta altura. Há um grande vazio no mundo agora que ele já não está entre nós”, anunciou sua família no perfil oficial do artista no Facebook.
Lynch manteve uma carreira de sucesso no cinema comercial sem abrir mão da autoralidade e de uma estética particular nos seus filmes, com forte influência do surrealismo com destaque para a série televisiva Twin Peaks (1990-1992, 2017) e a trilogia de filmes que trabalham com a estrutura dos sonhos Estrada Perdida (Lost Highway – 1997), Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive – 2001) e Império dos Sonhos (Inland Empire – 2006).
Nascido em uma família de classe média em Missoula, Montana, estudou pintura na Academia de Belas Artes da Pensilvânia na Filadélfia, onde ele fez a transição para produzir curtas. Se mudou para Los Angeles em 1971 para se dedicar à sua carreira no cinema, onde estreou na sétima arte com o terror surrealista Eraserhead (1997).
Também são de sua autoria os filmes O Homem Elefante (The Elephant Man – 1980), que recebeyu oito indicações ao Oscar, incluindo melhor diretor, O Veludo Azul (Blue Velvet – 1986), com nova indicação ao Oscar da categoria. Lynch foi premiado com a Palma de Ouro do Festival de Cannes com Coração Selvagem (Wild at Heart – 1990), protagonizado por Laura Dern e Nicolas Cage.
Para além da carreira no cinema, Lynch também praticava avidamente a meditação transcendental, e criou em 2005 o David Lynch Foundation for Consciousness-Based Education and World Peace.
O diretor de cinema anunciou em 2024 ter sido diagnosticado com enfisema pulmonar devido ao tabagismo, “consequência de fumar por muitos anos”. O direitor disse à revista People ter começado a fumar com oito anos de idade. Há dois anos, ele havia abandonado o cigarro, com auxílio da meditação. (B.d.F)