O presidente Donald Trump perdoou nesta segunda-feira (20) os manifestantes que invadiram o Capitólio dos EUA em 2021, dizendo que o perdão abrangeria 1.500 pessoas, o que parece cobrir quase todos os acusados desde o ataque em 6 de janeiro.
O decreto faz parte de uma série de mais de cem decretos que Trump deve assinar até o fim desta segunda-feira.
Essas ações vão além do que muitos — incluindo os próprios conselheiros de Trump e aliados do Partido Republicano — esperavam. O vice-presidente JD Vance e o presidente da Câmara Mike Johnson disseram nos últimos dias que Trump deveria perdoar apenas infratores não violentos.
Mas a proclamação que ele assinou, concedendo um “perdão total, completo e incondicional”, abrange cerca de 600 pessoas com condenações criminais por agredir policiais ou impedir a polícia durante um motim.
Esse grupo inclui manifestantes condenados como Julian Khater, que agrediu o policial do Capitólio dos EUA Brian Sicknick e depois se declarou culpado de agredir policiais com uma arma perigosa; Devlyn Thompson, que atingiu um policial com um cassetete de metal; e Robert Palmer, um homem da Flórida que atacou a polícia com um extintor de incêndio, uma tábua de madeira e um poste.
Trump comutou as sentenças de 14 extremistas de direita dos Oath Keepers e Proud Boys que foram condenados ou acusados de conspiração sediciosa. A comutação abrirá caminho para sua iminente libertação da prisão, embora a clemência não seja tão abrangente quanto um perdão.
A ordem também orienta o procurador-geral dos EUA a rejeitar todos os casos pendentes, o que cobriria cerca de 300 casos que ainda estão pendentes no tribunal.
Mais cedo, o republicano assinou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, que funciona como um mecanismo internacional em que os maiores poluidores do planeta se comprometem a diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa para evitar que o aquecimento global ultrapasse 1,5ºC em relação ao período pré-revolução industrial.
Donald Trump assumiu nesta segunda-feira o segundo mandato como presidente dos EUA. Durante a cerimônia, Trump voltou a afirmar que pretende assumir o controle do Canal do Panamá e criticou abertamente a gestão anterior, comandada por Joe Biden.