Brasília, 23/01/2025

Comissão Europeia diz que Maduro não tem a legitimidade de um presidente eleito

A Comissão Europeia (CE) enfatizou na terça-feira que Nicolás Maduro, que foi empossado como presidente da Venezuela para um terceiro mandato de seis anos após sua questionável reeleição, não tem a legitimidade de um presidente eleito democraticamente e garantiu que a vontade do povo deve ser respeitada.

“Ao optar por ignorar a vontade do povo e, em vez disso, fortalecer a repressão contra a população, Nicolás Maduro confirmou que não tem a legitimidade de um presidente eleito democraticamente”, disse o comissário europeu de Defesa, Andrius Kubilius, em um debate sobre a Venezuela realizado na sessão plenária do Parlamento Europeu.

Ele acrescentou que a vontade popular “deve ser respeitada” e que o compromisso europeu com a democracia “não permite o contrário”.

“A UE está firmemente solidária com o povo da Venezuela em sua corajosa luta para restaurar a democracia e reivindicar seus direitos humanos”, disse ele.

Ele disse que em 28 de julho de 2024, quando as eleições presidenciais foram realizadas na Venezuela, “milhões de venezuelanos usaram pacificamente seus votos para expressar sua vontade de mudança democrática em seu país”.

“De acordo com cópias publicamente disponíveis dos registros eleitorais, Edmundo González Urrutia (líder da maior coalizão antichavista) obteve a grande maioria dos votos”, disse ele.

Detenções arbitrárias condenadas

Ele lembrou que em 10 de janeiro a chefe da diplomacia comunitária, Kaja Kallas, em nome dos Vinte e Sete, garantiu que o clube comunitário “continuará trabalhando com todos os venezuelanos para promover o diálogo e uma solução democrática para a crise liderada pelos venezuelanos”.

Kubilius também alertou que a perseguição à “oposição democrática, defensores dos direitos humanos e membros da sociedade civil está piorando” na Venezuela e que as “táticas de intimidação agora se espalharam para suas famílias”.

“Condenamos as prisões arbitrárias de pelo menos 2.500 cidadãos, incluindo vários cidadãos da União Europeia. Todos os presos políticos devem ser libertados incondicionalmente”, enfatizou.

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