O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse nesta sexta-feira, poucas horas antes de uma reunião agendada com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, que um drone russo carregado com explosivos atingiu uma estrutura que evita vazamentos de radiação na usina nuclear de Chernobyl, no norte da Ucrânia, e que, embora os danos tenham sido significativos, os níveis de radiação não aumentaram até agora.
“Esta estrutura de proteção foi construída pela Ucrânia em conjunto com outros países da Europa e do mundo, em conjunto com os Estados Unidos, em conjunto com todos aqueles que estão comprometidos com a verdadeira segurança da humanidade. “O único país do mundo que ataca essas infraestruturas, ocupa usinas nucleares e faz guerra sem levar em conta as consequências é a Rússia”, escreveu Zelensky em sua conta na rede social X.
O presidente ucraniano explicou que a estrutura em questão foi danificada pelo ataque russo, pois o impacto causou um incêndio que já foi extinto.
“Neste momento, os níveis de radiação não aumentaram e estão sendo constantemente avaliados. De acordo com avaliações preliminares, os danos à estrutura de proteção são significativos”, acrescentou o presidente ucraniano.
Segundo Zelensky, a estrutura protege o quarto reator da usina de Chernobyl, que foi destruído na explosão que causou a catástrofe nuclear de 1986, a mais grave da história da humanidade.
Zelensky declarou que a Rússia é “uma ameaça terrorista para o mundo inteiro” e denunciou que o exército russo “realiza tais ataques contra infraestruturas e cidades ucranianas” todas as noites.
“Isso significa que Putin definitivamente não está pronto para negociar, ele está se preparando para continuar enganando o mundo”, acrescentou o presidente ucraniano, que pediu mais pressão internacional sobre a Rússia.
Antes de Zelensky anunciar este incidente, a Força Aérea Ucraniana havia relatado a derrubada de 73 drones Shahed iranianos e outros modelos em várias regiões da Ucrânia. A Rússia ataca o território ucraniano todas as noites com dezenas de drones kamikazes comprados do Irã. (El Nacional)