O Atlas revela que, entre 2013 e 2023, a a taxa geral de homicídio caiu 26,4%, enquanto a taxa de homicídios femininos teve uma redução de 25,5%. Essa diferença se acentuou nos últimos cinco anos: de 2018 a 2023, a taxa geral diminuiu 24,0%, enquanto a taxa de homicídios de mulheres caiu 18,6%.
O levantamento aponta, no entanto, que os dados mais recentes mostram uma estagnação preocupante no cenário nacional: entre 2022 e 2023, a taxa de homicídios femininos permaneceu inalterada, enquanto a taxa geral recuou 2,3%.
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Em Goiás, a taxa de homicídios registrados de mulheres por 100 mil habitantes teve queda contínua de 2013, ano em que registrou 8,4, até 2021, quando o índice estabilizou em 3,9 assassinatos de mulheres por 100 mil habitantes – número que se repetiu em 2022. No entanto, voltou a cair e atingiu a mínima histórica de 3,3 em 2023.
A trajetória de queda foi a maior do país, ficando à frente do Acre, que registrou declínio de 53,7% na taxa de homicídios femininos em 11 anos, e de Alagoas, cuja queda foi de 51,2%.
Na direção contrária, estados como Amazonas, Bahia, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul viram suas taxas aumentarem entre 2013 e 2023. A maior alta desse tipo de crime foi registrada no estado do Piauí, que em 11 anos aumento seu índice de homicídios de mulheres em 34,5%.
Goiás também entrou no rol dos entes que mais reduziram as taxas de homicídios de mulheres negras. O estado registrou uma queda de 60,4% de 2012 a 2023, ficando atrás somente do Distrito Federal, onde a queda foi de 62,8%.