“A economia criativa de uma maneira geral, as artes de maneira geral, servem como um poderoso ‘soft power’ para o Brasil, porque o Brasil tem uma cultura riquíssima, a música, o Carnaval, as artes plásticas, o teatro, enfim. E o cinema, que sempre resistiu aos momentos difíceis, aos momentos de falta de investimento.”
“O mercado de cinema amargou sucessivos boicotes ao longo dos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro — e mais dois de Michel Temer. Isso trouxe um atraso considerável para o setor audiovisual, que vinha crescendo. O governo Bolsonaro descumpriu acordos internacionais, travou editais, censurou cineastas, filmes e temáticas, sequestrou o Fundo Setorial do Audiovisual. Tudo por uma questão ideológica”, lamentou ele.
“É preciso também ter uma política mais dinâmica, desenvolver a infraestrutura de produção, de pós-produção. [Para] Muitos filmes a pós-produção é mais cara do que a produção. […] também incentivar a formação de público, criar o hábito de o brasileiro assistir conteúdo nacional. Esse hábito passa por uma política de formação nas escolas, de as pessoas poderem assistir nas escolas”, disse ele, ao acrescentar o subsídio para o ingresso de filme brasileiro como outra estratégia relevante.