O deputado Rodrigo Bacellar (União) foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) nesta segunda-feira (3). Em clima pacífico, a sessão foi marcada pelo amplo apoio dos partidos da base governista, e também da oposição.
A votação, realizada no Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro (RJ), confirmou o já esperado segundo mandato de Bacellar à frente do parlamento. O orçamento da Alerj é superior a R$ 1,3 bilhão este ano. Durante a sessão, o presidente estadual do União Brasil recebeu elogios pela condução dos trabalhos legislativos, mas houve críticas ao governo Claudio Castro (PL).
Em geral, a avaliação da bancada progressista que votou a favor da reeleição foi de que Bacellar respeita as diferentes convicções políticas. Ele recebeu 56 votos dos 70 deputados. Agora reeleito, Bacellar é considerado um dos nomes mais influentes do centrão fluminense.
Um mês antes de se reeleger à presidência da Alerj, Bacellar se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre uma eventual candidatura à sucessão ao governo do estado. Em junho do ano passado, o deputado foi presenteado com uma medalha de “imbrochável” pelo ex-presidente na sede do PL em Brasília.
A mesa diretora é composta por 13 integrantes, sendo um presidente, quatro vice-presidentes, quatro secretários e quatro vogais. O colegiado é responsável pela direção dos trabalhos legislativos e serviços administrativos da assembleia. A chapa de vitoriosa “Somos um só por um Rio melhor” é composta em sua maioria por deputados do Partido Liberal (PL).
Caso Ceperj
Além de aliado de Bolsonaro, o presidente da Alerj foi um dos investigados no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) no caso de desvios na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
A acusação do Ministério Público Eleitoral (MPE) envolvia o suposto uso de cargos “secretos” da chapa Castro e seu vice Thiago Pampolha (MDB) e outros 11 réus para fins eleitorais em 2022.
Em maio, a justiça eleitoral decidiu contra a cassação do mandato do governador fluminense, de Bacellar e outros envolvidos. No entanto, a Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) apresentou um recurso que deve voltar a ser julgado nesta terça (4).
O pedido da acusação argumentou pela suposta vantagem recebida pelos candidatos nas eleições de 2022 com o uso da máquina pública na Ceperj e na Uerj, com a contratação de funcionários em ano eleitoral e falta de transparência nos pagamentos.
Fonte: BdF Rio de Janeiro