Brasília, 18/11/2024

Argentina entra na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

A Argentina confirmou na tarde desta segunda-feira (18), durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, que vai aderir à Aliança contra a Fome e a Pobreza, lançada no primeiro dia do encontro de líderes.

A informação foi publicada inicialmente no blog de Míriam Leitão no Globo. Com essa adesão, a Argentina se torna um dos 148 membros da aliança – incluindo 82 países e várias organizações internacionais.

Inicialmente, o país sulamericano não estava na lista de membros, mas hoje à tarde confirmou que vai participar da iniciativa – uma das principais propostas do Brasil durante a presidência do G-20.

Ao assumir a presidência rotativa do G20, em dezembro do ano passado, o Brasil definiu três eixos centrais de discussão:

Inclusão social e combate à fome e à pobreza;
Transição energética e desenvolvimento sustentável;
Reforma da governança global.
Com base nos itens prioritários estabelecidos pela presidência brasileira do G20, o governo decidiu articular a criação da aliança contra a fome.

De acordo com o G20, o cenário global atual mostra “tendências preocupantes”, pois a pobreza extrema tem diminuído “muito lentamente”, e as projeções atuais apontam que 622 milhões de pessoas viverão abaixo da linha da pobreza extrema (US$ 2,15 por dia), o dobro do nível da meta.

“Se as tendências atuais se mantiverem, 582 milhões de pessoas viverão com fome em 2030”, afirma.

Além disso, relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado em julho deste ano mostra que, em todo o planeta, 733,4 milhões passaram fome em 2023 por pelo menos um dia. O número corresponde a 1 em cada 11 habitantes no mundo.

Conforme esse estudo, em 2023, o planeta retrocedeu 15 anos no combate à fome e à desnutrição – isto é, voltou ao patamar de 2008.

O estudo divulgado em outubro deste ano pela ONU mostrou também que 1,1 bilhão de pessoas vivem em situação de pobreza no mundo. Isto quer dizer, conforme a organização, que cerca de 30% de todas as crianças do mundo vivem na pobreza e 13,5% de todos os adultos. (G1)

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