Brasília, 02/10/2024

Brasília, 02/10/2024

Biografia de Gilberto Braga, escrita por Arthur Xexéo e Maurício Stycer, sai pela Intrínseca

Euler  Belém – Jornal Opção

Gilberto Braga era o Nelson Rodrigues da telenovela brasileira. Como poucos, narrou, com rara felicidade e mestria, as odisseias e vicissitudes das classes média e alta do país. Com franqueza e perspicácia, mas sem vieses ideológicos. Daí a percepção precisa daquilo que estava contando. No Brasil há a tradição de mostrar os pobres como intrépidos — o que, por vezes, são — e os ricos de maneira caricata, o que impede de conhecê-los, de entender suas ambivalências. Se é rico, “tem” de ser pançudo, mau e bigodudo. Seguindo Nelson Rodrigues, Gilberto Braga não edulcorou a vida dos milionários — e dos alpinistas sociais da classe média —, nem procurou apresentar um retrato apenas corrosivo de suas vidas. Mostrou-os como são, com suas contradições e nuances. Gente, enfim.

Morto em 2021, o telenovelista merece uma biografia, que vai ser publicada, em janeiro de 2024, pela Editora Intrínseca, com o título de “Gilberto Braga — O Balzac da Globo” (352 páginas). Seu autor é o jornalista e escritor Maurício Stycer, expert nos assuntos biografia e televisão. Arthur Xexéo, biógrafo de Hebe Camargo, estava escrevendo a biografia, mas morreu também em 2021.

“Nestes dois anos sem Gilberto Braga, a Globo resgatou vários trabalhos do autor no Canal Viva e no Globoplay. Em dezembro, ‘Paraíso Tropical’ entra no ‘Vale a Pena Ver de Novo. Em janeiro de 2024, a Intrínseca lança a biografia que Artur Xexéo e eu escrevemos sobre Gilberto”, disse Maurício Stycer nas redes sociais.

Gilberto Braga era o Nelson Rodrigues da telenovela brasileira. Como poucos, narrou, com rara felicidade e mestria, as odisseias e vicissitudes das classes média e alta do país. Com franqueza e perspicácia, mas sem vieses ideológicos. Daí a percepção precisa daquilo que estava contando. No Brasil há a tradição de mostrar os pobres como intrépidos — o que, por vezes, são — e os ricos de maneira caricata, o que impede de conhecê-los, de entender suas ambivalências. Se é rico, “tem” de ser pançudo, mau e bigodudo. Seguindo Nelson Rodrigues, Gilberto Braga não edulcorou a vida dos milionários — e dos alpinistas sociais da classe média —, nem procurou apresentar um retrato apenas corrosivo de suas vidas. Mostrou-os como são, com suas contradições e nuances. Gente, enfim.

 

Morto em 2021, o telenovelista merece uma biografia, que vai ser publicada, em janeiro de 2024, pela Editora Intrínseca, com o título de “Gilberto Braga — O Balzac da Globo” (352 páginas). Seu autor é o jornalista e escritor Maurício Stycer, expert nos assuntos biografia e televisão. Arthur Xexéo, biógrafo de Hebe Camargo, estava escrevendo a biografia, mas morreu também em 2021.

“Nestes dois anos sem Gilberto Braga, a Globo resgatou vários trabalhos do autor no Canal Viva e no Globoplay. Em dezembro, ‘Paraíso Tropical’ entra no ‘Vale a Pena Ver de Novo. Em janeiro de 2024, a Intrínseca lança a biografia que Artur Xexéo e eu escrevemos sobre Gilberto”, disse Maurício Stycer nas redes sociais.

 

Maurício Stycer, jornalista e biógrafo | Foto: X

“Gilberto Braga foi possivelmente o autor de novelas mais importante da história da Globo. Mais até que sua mestra Janete Clair, a rainha do melodrama. Quem diz isso não sou eu, mas colegas seus, como Lauro Cesar Muniz, por exemplo”, afirma Maurício Stycer.

“Pelos temas que abordou, pela comunicação que alcançou com o público, pela forma como retratou a classe média e a elite cariocas, pela série de sucessos que emplacou, Gilberto não tem rival no lugar mais alto da dramaturgia da emissora”, assinala o biógrafo.

Um livro que, como diz o jornalista, prosador, poeta e biógrafo Iuri Rincon Godinho, merece figurar nas boas listas de leitura. Por dois motivos. Primeiro, para entender o processo criativo de Gilberto Braga (por exemplo, sua perspicácia da vida social advém de Henry James ou de Marcel Proust?). Segundo, porque Maurício Stycer é um biógrafo categorizado.

Tags

Gostou? Compartilhe!

Leia mais