Brasília, 03/10/2024

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Brasil fica abaixo da projeção da ONU em nível populacional

Questionário básico de recenseamento do IBGE com a pergunta específica para localidades quilombolas

O Brasil ficou abaixo da projeção da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação ao índice de crescimento populacional, considerando os dados do Censo de 2022 divulgados nesta quarta-feira (28). Segundo o Censo, o país registrou 203 milhões de habitantes. Conforme estimativa da organização, no entanto, o país teria 215 milhões de habitantes em 2022

Mesmo assim, o Brasil continua sendo o sétimo país mais populoso do mundo e, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve o maior crescimento populacional de sua história nos últimos 12 anos.

Atualmente são 90,6 milhões de residências, número que revela alta de 34% se comparado ao ano de 2010, diz o Censo. A alta no número de domicílios revela um novo padrão: se em 2010 o número médio de residentes em uma casa era de 3,31, hoje é de 2,79. Na comparação de crescimento demográfico, a alta foi de apenas 6,4%. Em 2010, a população era de 190,7 milhões de habitantes.

Os 10 países mais populosos do mundo atualmente são: China, com 1,426 bilhão; Índia, com 1,412 bilhão; EUA, com 337 milhões; Indonésia, com 275 milhões; Paquistão, com 234 milhões; Nigéria, com 216 milhões; Brasil, com 203 milhões (dados do IBGE); Bangladesh, com 170 milhões; Rússia, com 145 milhões; e México, com 127 milhões.

 Manaus é a capital mais populosa do Norte e a sétima do Brasil 

Nos últimos 12 anos, Manaus foi a capital brasileira que registrou o maior percentual de aumento populacional. Seu número de moradores saltou de 1.802.014 em 2010 para 2.063.547 em 2022, um crescimento de 14,5%. Os números também colocam a capital amazonense no primeiro lugar do ranking de maiores aumentos absolutos: a cidade recebeu em pouco mais de uma década incremento de 261.533 novos moradores.

Os primeiros dados populacionais, apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo 2022, estão sendo divulgados nesta quarta-feira (28). Desde 2010, quando houve a última operação censitária, a população brasileira teve salto de 12,3 milhões, alcançando o total de 203 milhões.

Apesar do crescimento significativo, a capital amazonense se manteve no posto de sétima cidade mais populosa do país. Na lista dos 20 municípios com o maior número de residentes, apenas João Pessoa registrou percentual mais elevado que Manaus. A capital da Paraíba, inclusive, não figurava nessa relação em 2010 e passa a ocupar o 20º lugar, após um aumento populacional de 15,3%, saindo de 723.515 residentes em 2010 para 833.932 em 2022.

Além de Manaus e João Pessoa, entre as 20 cidades mais populosas, mais duas registraram crescimentos percentuais de dois dígitos. São capitais de estados do Centro-Oeste. O crescimento de 10,4% fez Goiânia subir duas posições e se colocar como o 10º município com maior quantidade de moradores. São 1.437.237 residentes na maior cidade do Centro-Oeste.

Em Campo Grande, foi registrada uma população de 896.744 pessoas, o que significa crescimento de 14,1%. O aumento significativo foi responsável por fazer a capital do Mato Grosso superar outras cinco cidades e colocá-la na lista das 20 mais populosas do país. Subindo cinco posições, ela ocupa agora a 17ª posição.

A variação populacional das três capitais do Centro-Oeste se deram na mesma direção e com forte intensidade. Embora não figure na relação das 20 cidades brasileiras com o maior número de moradores, Cuiabá também registrou elevado crescimento, com alta de 18,1%.

Também situada geograficamente no Centro-Oeste, a capital do país registrou aumento significativo. O salto populacional em Brasília foi 9,6%, o que significa incremento de 246.908 moradores. É o segundo maior crescimento do país em números absolutos. Esse aumento fez com que Brasília chegasse ao posto de 3ª cidade mais habitada do país, superando Salvador que curiosamente registrou variação inversa: uma queda de 9,6%. Agora, apenas São Paulo e o Rio de Janeiro têm mais moradores do que a capital federal.

De acordo com o coordenador técnico do Censo 2022, Luciano Duarte, ainda será necessário um período de dedicação para que demógrafos e outros especialistas apresentem avaliações mais aprofundadas sobre os dados. “São os primeiros resultados, e a gente precisa de mais tempo para analisar os movimentos demográficos e entender o que aconteceu em detalhe”.

O Brasil costuma realizar o Censo Demográfico de dez em dez anos. O objetivo é oferecer um retrato da população e das condições domiciliares no país. As informações obtidas subsidiam a elaboração de políticas públicas e decisões relacionadas com a alocação de recursos financeiros. O Censo 2022 deveria ter sido realizado em 2020, mas foi adiado duas vezes: primeiro, devido à pandemia de covid-19 e depois por adversidades orçamentárias. A operação censitária teve início em junho do ano passado. Com diversos atrasos, devido a dificuldades para concluir as visitas domiciliares em todos os 5.570 municípios do país, a coleta dos dados foi encerrada apenas em fevereiro deste ano.

Os dados divulgados nesta quarta-feira apontam o Centro-Oeste como a única região do país onde se observa um movimento uniforme entre as capitais. No Sudeste, por exemplo, enquanto São Paulo registrou crescimento de 1,8%, houve redução de 1,7% no Rio de Janeiro e de 2,5% em Belo Horizonte. Os números do Sul revelam alta de 1,2% em Curitiba e queda de 2,5% em Porto Alegre.

No Nordeste, as variações são bastante discrepantes. Vai de uma leve redução de 1% em Fortaleza e de um leve aumento de 2,3% em São Luís, para a grande queda de 9,6% em Salvador e para a grande alta de 15,3% em João Pessoa. Na Região Norte,, o robusto crescimento populacional de Manaus não foi seguido por Belém: na capital do Pará, houve queda de 6,5%. (IG/Agência Brasil)

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