A campanha de Trump apresentou uma queixa à Comissão Federal de Eleição (CFE) na terça-feira (23), argumentando que o dinheiro arrecadado para a campanha de reeleição do Presidente Joe Biden não pode ser transferido para a campanha presidencial da Vice-Presidente Kamala Harris.
“Kamala Harris está tentando perpetrar um roubo de 91,5 milhões de dólares dos fundos remanescentes da campanha de Joe Biden – uma tentativa descarada de captar dinheiro que constituiria a maior contribuição excessiva e a maior violação na história do Ato de Campanha Eleitoral Federal de 1971, conforme alterado”, diz a queixa, cuja cópia foi obtida pela CNN.
A queixa é contra Biden, Harris, a campanha de Biden (agora a campanha de Harris) e a tesoureira da campanha, Keana Spencer, “por violação flagrante da Lei ao fazer e receber uma contribuição excessiva de quase cem milhões de dólares, e por apresentar formulários fraudulentos à Comissão alegando reutilização do comitê principal de campanha de um candidato para o uso de outro candidato”.
É improvável que a comissão tome qualquer ação antes de 5 de novembro, dia da eleição, dada a sua lenta resolução de questões de aplicação da lei.
“Eu não acredito que a maioria dos advogados de finanças de campanha considerem que esta seja a melhor interpretação da lei”, disse Rick Hasen, especialista em direito eleitoral da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), à CNN na terça-feira sobre o argumento da campanha de Trump. No entanto, ele acrescentou: “Isso não significa que não possa ficar preso nos procedimentos da CFE por anos”.
Um porta-voz da CFE se recusou a comentar, citando a política da agência de não discutir assuntos de aplicação da lei. (CNN)