A vice-governadora do Distrito Federal (foto), Celina Leão (PP), e outros três ex-deputados distritais foram absolvidos pelo Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) no processo em que eles são réus por corrupção passiva. A decisão é desta terça-feira (11). Informações do G1.
No entanto, o juiz Osvaldo Tovani, do TJDFT, concluiu que não há provas suficientes para condenar os investigados. Testemunhas não confirmaram a solicitação de propina e gravações não foram consideradas provas conclusivas.
Em suas redes sociais, Celina Leão, publicou uma nota dizendo que “jamais se furtou a prestar esclarecimentos e sempre esteve à disposição da Justiça, convicta de sua inocência.”
Além de Celina, eram réus:
- Cristiano Nogueira Araújo, ex-deputado distrital e hoje secretário de Turismo do DF;
- Júlio César Ribeiro, ex-deputado distrital e hoje deputado federal pelo partido Republicanos;
- Renato Andrade dos Santos, ex-deputado distrital conhecido como Bispo Renato Andrade, hoje administrador de Taguatinga.
O advogado Daniel Gerber, que defendeu Júlio César no caso, diz que a decisão do TJDFT “reforça a inocência do parlamentar”.
“Desde o início, ele sempre confiou na Justiça e na certeza de sua integridade. O deputado Júlio César reitera sua conduta ilibada ao longo de toda a sua trajetória política e reafirma seu compromisso com a ética pública e com toda a sociedade”, afirma o advogado de Júlio César.
Relembre o caso
Desde março de 2017, Celina Leão, Júlio Cesar Ribeiro, Bispo Renato Andrade e Cristiano Araújo respondem por corrupção passiva. À época, os políticos negaram qualquer envolvimento no esquema de propina. As defesas chegaram a pedir anulação do processo, alegando falhas na denúncia e restrição de defesa.
De acordo com as investigações, valores milionários originalmente destinados a pagar reformas de escolas e unidades de saúde foram redirecionados pelos distritais para pagar dívidas do governo do DF com prestadoras de serviços em UTIs e que atuavam reformando escolas.
Em outubro do ano passado, o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) pediu a condenação dos réus por corrupção passiva.