Brasília, 19/01/2025

China atinge meta anual de crescimento de 5% em 2024

O Produto Interno Bruto (PIB) chinês teve um crescimento de 5% no ano passado, conforme revelado pelo Escritório Nacional de Estatística (ENE) da China nesta sexta-feira (17). O valor do PIB foi de 134,91 trilhões de yuans (R$ 112,4 trilhões). O crescimento nos quatro trimestres de 2024 foi de: 5.3%, 4.7%, 4,6% e 5,4%, respectivamente.

A  recuperação no último trimestre teria sido graças a um aumento no estímulo fiscal e ao forte desempenho das exportações, de acordo com Jeremy Zook, analista-chefe para a China na Fitch Ratings. Este ano a China bateu um recorde de quase 1 trilhão de dólares (R$ 5,8 trilhões) no superávit comercial.

O crescimento é visto no governo como uma conquista em um contexto internacional instável e com problemas de demanda interna.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o principal indicador da inflação, teve aumento de apenas 0,2% em termos anuais em 2024. Os preços dos alimentos, tabaco e álcool tiveram queda 0,1%; da vestimenta, 1,4%; habitação, 0,1%; transportes e comunicações, 1,9%; educação, cultura e lazer, 1,5%; serviços médicos e cuidados de saúde, 1,3%, segundo os dados do ENE.

Os preços dos produtos industriais registraram uma queda moderada. “Em 2024, os preços de produção e os preços de compra dos produtos industriais diminuíram 2,2% em termos anuais. Em dezembro, os preços de produção e os preços de compra dos produtos industriais diminuíram 2,3% em termos anuais e 0,1% mensalmente”, disse Kang Yi, chefe do Escritório Nacional de Estatística.

A taxa de desemprego se manteve estável no ano passado, ficando em 5,1%, 0,1 pontos percentuais abaixo de 2023. O desemprego juvenil caiu 0,4 pontos percentuais em dezembro, sendo a quarta queda mensal consecutiva.

A produção industrial teve crescimento, principalmente nos setores de fabricação de equipamentos e de alta tecnologia. O valor agregado das grandes empresas industriais aumentou 5,8% em termos anuais e o da indústria transformadora de alta tecnologia aumentou 8,9%.

O investimento em ativos fixos cresceu 3,2%, impulsionado pelo crescimento acelerado nas indústrias de alta tecnologia. Embora a demanda interna continue sendo um desafio, o consumo se recuperou ligeiramente, com as vendas no varejo de bens de consumo crescendo 3,5% na comparação interanual. As vendas no varejo online aumentaram 7,2%. O setor de serviços também contribuiu para esse crescimento, com seu valor agregado aumentando 5%.

O comércio exterior continua sendo o principal elemento do crescimento econômico. O total das importações e exportações de bens aumentou 5% em termos interanuais, e o comércio com os países parceiros da Iniciativa do Cinturão e Rota cresceu 6,4%, representando mais da metade do volume total do comércio, conforme a CGTN.

Brasil de Fato com informações da CGTN e China Daily.

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