Brasília, 04/05/2025

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Com foco social e ambiental, Partido Trabalhista derrota conservador alinhado a Trump na Austrália

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, do Partido Trabalhista, conquistou uma reeleição histórica neste sábado (3) ao derrotar o conservador Peter Dutton, do Partido Liberal, ex-policial conhecido por sua retórica linha-dura e declarado admirador do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem já chamou de “um grande pensador”.

O resultado torna Albanese o primeiro premiê a vencer eleições consecutivas em mais de 20 anos na Austrália.

Com projeções indicando que os trabalhistas devem conquistar ao menos 85 das 150 cadeiras da Câmara Baixa, a reeleição de Albanese sinaliza a rejeição da população a uma agenda conservadora que flerta com o trumpismo. Dutton, que perdeu até sua própria cadeira no Parlamento, apostou em propostas como o estímulo à energia nuclear e o endurecimento contra a imigração.

O primeiro-ministro reeleito, por sua vez, reafirmou compromissos com as energias renováveis, o combate à crise da moradia e o fortalecimento do sistema público de saúde.

Albanese comemorou a vitória como uma escolha pelo “otimismo e a determinação”. “Obrigado ao povo da Austrália pela oportunidade de continuar servindo ao melhor país do mundo”, disse Albanese à multidão em uma festa de campanha em Sidney.

“Nesta época de incerteza global, os australianos escolheram o otimismo e a determinação”, acrescentou.

Dutton disse que ligou para Albanese “para parabenizá-lo pelo seu sucesso”. “Não fomos o suficientemente bem nesta campanha, isso é óbvio nesta noite, e aceito toda a responsabilidade”, sinalizou.

Efeito Trump

A presença de Trump pairou sobre a campanha desde o início. A imposição de tarifas comerciais de 10% dos EUA sobre grande parte dos produtos australianos foi condenada por Albanese. Pesquisas realizadas antes das eleições indicam que o apoio aos conservadores diminuiu devido às políticas trumpistas.

Após o anúncio da vitória de Albanese, o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, afirmou que Washington “espera aprofundar sua relação com a Austrália para avançar em nossos interesses comuns e promover a liberdade e a estabilidade do indo-pacífico e globalmente”.

A participação do eleitorado australiano nas eleições chegou a 90%. Na Austrália, o voto é obrigatório e não exercer esse direito pode acarretar uma multa de 20 dólares australianos (R$ 73).

Brasil de Fato com  AFP

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