Brasília, 17/05/2025

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CPI pode comprometer sucesso da investigação policial e atrasar ressarcimentos, diz Gleisi

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou em uma rede social que a instalação de uma CPMI sobre fraudes do INSS pode “comprometer o sucesso da investigação policial”, e atrasar o ressarcimento das vítimas. Informações de  Guilherme Mazui, G1.

Gleisi é a responsável pela articulação entre o governo e o Congresso, e fez a publicação nesta sexta-feira (16) após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros ministros para discutir a crise no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Uma CPMI, no ambiente de exploração política em que está sendo proposta, pode comprometer o sucesso da investigação policial, que deve permanecer protegida de interferências externas e do vazamento de informações”, publicou a ministra.

Ela acrescentou: “Também pode atrasar o ressarcimento das vítimas, já que sua duração está prevista para seis meses, impactando nas medidas já em curso”.

Pressão no Congresso

O governo discute como lidar com a possibilidade de o Congresso instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) sobre as fraudes no INSS.

Lula e auxiliares temem o desgaste do escândalo no governo e, nas últimas semanas, reforçam em entrevistas que o esquema começou em 2019, no governo de Jair Bolsonaro (PL).

A crítica de Gleisi destoa da posição do ministro da Previdência, Wolney Queiroz, que afirmou nesta quinta-feira (15) ser “pessoalmente a favor” da instalação da CPMI do INSS — o instituto é vinculado ao ministério.

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), também defendeu que a bancada da sigla participe da CPMI.

Fraudes em benefícios

Caso seja instalada, a CPMI vai apurar um caso que já é investigado pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU) na Operação Sem Desconto, que revelou um esquema de fraudes em descontos nos benefícios do INSS.

Segundo a investigação, entidades associativas descontavam sem autorização valores de pensões e aposentadorias. O esquema teria desviado mais de R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024.

O governo criou um sistema para que aposentados e pensionistas informem, pelo aplicativo Meu INSS, se autorizaram ou não descontos em seus benefícios. Em dois dias, mais de 1 milhão de pessoas não reconheceram os descontos e solicitaram reembolso.

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