São 86 anos de muita história. Martinho da Vila, um dos maiores sambistas do país, está lançando um livro novo, e o nome já diz tudo: “Martinho da Vida” — uma autobiografia. O Fantástico deste domingo (31) entrevistou o artista. Informações do Fantástico.
O encontro entre o sambista com suas memórias aconteceu na pandemia: o artista tirou do confinamento anos de histórias — como a morte do pai e os trabalhos que já teve na infância.
Martinho era criança e já fazia bicos: limpava caixa de gordura, vendia estrume e galinhas vivas numa época em que muita gente não tinha geladeira.
“Levava pra casa pra depenar [galinhas], aquelas coisas todas. Eu gostava de trabalhar lá, porque tinha galinha todo dia”, relembrou o artista.
Mas o primeiro emprego foi aos oito anos: ele era um “brincador” — uma criança pobre contratada para brincar com o filho único de rico.
Fã de futebol, Martinho também conta sua história com a bola. No livro, diz que já fez gol até desviando desmaiado uma bola chutada na cabeça dele.
“Eu sonhava que jogava no Vasco e… ‘bola pro Tuta, Tuta-Maneco. Maneco-Ademir, Ademir pra mim. Gol!’. Aí acordava com a risada da minha mãe e das minhas irmãs”, relembrou.