Em 2022, Distrito Federal tinha a maior concentração de médicos do país na rede pública e privada, com 5,53 médicos a cada mil habitantes. Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada pela Associação Médica Brasileira (AMB), em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o presidente da AMB, César Eduardo Fernandes, a capital tem um cenário privilegiado em relação ao resto do país. “O DF tem 2,9% de todos os médicos do Brasil, para apenas 1,5% da população nacional”, afirma.
De acordo com a pesquisa, o DF também tem a maior força de trabalho cirúrgica, ou seja, a maior quantidade de especialistas em cirurgia geral, cardiovascular, pediátrica, oncológica, anestesia e obstetrícia.
O estudo revelou que, na capital, há 115 profissionais a cada 100 mil habitantes. O índice está acima da média nacional, de 66 médicos por 100 mil habitantes.
Dificuldades
Mesmo com o índice elevado, a capital tem o terceiro menor número de consultas médicas por habitante por ano, na rede pública. Segundo a pesquisa, um usuário de hospitais públicos faz 1,94 consultas por ano no DF, enquanto o paciente com plano de saúde faz, em média, 3,69 atendimentos anuais.
Em nota, a Secretaria de Saúde (SES-DF) informou que, nos últimos três concursos realizados pela pasta, “foram nomeados 1.993 candidatos da carreira médica, sendo admitidos 933 desse total, ou seja, aproximadamente 47% dos nomeados tomaram posse”. Segundo a SES, as especialidades médicas com maior déficit na rede pública do DF são:
- Clínica médica e emergencista;
- Cirurgia geral e cirurgia do trauma;
- Família e comunidade.
Salários
A pesquisa também mostra que a renda média declarada pelos profissionais do DF é de R$ 37.309 mensais. Em seguida, está o Amapá, com rendimentos médios de R$ 36.966. O valor recebido na capital é 49% acima do que é declarado na Bahia, estado com o menor rendimento médio da categoria, de R$ 25.031. (TV Globo e G1)
