Brasília, 23/01/2025

Dólar fecha abaixo de R$ 6 pela 1ª vez desde dezembro, a R$ 5,94

Por Vinicius Lara (IG)

|O mercado cambial registrou uma baixa do dólar em relação ao real nesta quarta-feira (22). A moeda passou o dia em baixa e fechou em queda de 1,4% no valor de R$ 5,946. Foi o primeiro fechamento de dia abaixo de R$ 6 desde o dia 12 de dezembro, e o menor valor desde novembro.

O dólar abriu o dia abaixo de R$ 6, com investidores atentos às medidas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , e especulando sobre a possibilidade de novas medidas fiscais no Brasil.

Às 14h27, o dólar à vista apresentava queda de 1,73%, sendo cotado a R$ 5,925 para compra e R$ 5,926 para venda. Já na B3, o contrato de dólar futuro com vencimento mais próximo ( código DOLc1) recuava 0,4%, negociado a R$ 6,012.

Segundo o site Investing, esse é o valor mais baixo do dólar desde 27 de novembro de 2024, quando a moeda registrou R$ 5,8033

Na sessão anterior, o dólar à vista encerrou com leve baixa de 0,18%, cotado a R$ 6,0313. Para esta quarta-feira, o Banco Central anunciou um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, com objetivo de rolar o vencimento previsto para 5 de março de 2025.

Explicando o movimento do dólar

Os movimentos do mercado cambial continuam influenciados por novidades vindas dos Estados Unidos. Donald Trump, que iniciou recentemente seu mandato, tem centrado atenções ao assinar diversos decretos e anunciar planos futuros.

Investidores monitoram de perto sinais da política comercial do governo Trump, que durante sua campanha prometeu impor tarifas de importação, o que pode gerar impacto significativo na economia global.

“O recuo recente do dólar tem sido influenciado principalmente por dois conjuntos de fatores: ajustes técnicos no mercado e um cenário internacional favorável. No contexto doméstico, os recentes andamentos quanto a medidas de contenção tem melhorado a confiança dos investidores, contribuindo para a valorização do real. Internacionalmente, a expectativa de uma política fiscal menos agressiva sob a nova administração nos EUA e a queda inesperada dos pedidos de auxílio-desemprego fortaleceram o real frente ao dólar”, diz Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.

Lima comenta que o futurao do dólar vai depender da continuidade das reformas fiscais no Brasil e das condições econômicas globais. As incertezas políticas e fiscais podem representar riscos que levariam a um novo aumento da moeda

“Portanto, apesar do alívio recente, a volatilidade no câmbio pode persistir, refletindo a complexidade e a incerteza dos fatores econômicos e políticos envolvidos”, completou.

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