A taxa de desemprego do Distrito Federal aumentou 0,7% entre fevereiro e março deste ano, segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-DF), divulgados nesta terça-feira (25). A pesquisa é realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), em parceria ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A pesquisa aponta que a capital federal tinha 273 mil desempregados no último mês. Por outro lado, em relação ao mesmo mês no ano passado, foi registrada uma queda de 3,2% no número de pessoas desempregadas.
De acordo com os dados, o número de ocupados teve uma variação de 1,6% em relação ao mês anterior. A partir disso, os economistas do Dieese e do IPEDF explicam que a expectativa é de que o número de empregados aumente também nos próximos meses e, consequentemente, o número de desempregados caia.
Emprego doméstico
A pesquisa apontou que 11% das mulheres ocupadas, cerca de 73 mil, atuam no emprego doméstico no Distrito Federal. Ao todo, a capital tem 75 mil pessoas nessa função. O rendimento médio é de R$ 1.388.
Lucia Garcia, economista do Dieese, relata que, “quando falamos de mulheres, de população negra e de juventude vulnerável, vamos encontrar uma população que transita por esses meios e temos o trabalho doméstico remunerado muito caracterizado nesse universo”.
“Uma carência histórica de direitos e uma necessidade que é escondida, mas também há outros elementos que acabam determinando um quadro de trabalho mais precário. E esse quadro também está relacionado à escassez de contratação no mercado de trabalho”, diz Lucia Garcia.
A economista ainda reforça que essas mulheres têm um perfil importante em relação à sustentabilidade das famílias do DF, assim como da região como um todo, e que é preciso de um olhar atento para essa categoria, que ainda é muito fragilizada. (G1)
