O programa terá um sistema de inteligência artificial como base de identificação e análise dos perfis em redes sociais, que será usado para cancelar vistos de milhares estudantes que eventualmente tenham postado conteúdos considerados em defesa da Palestina, a favor do Hamas ou contra Israel. Segundo integrantes do Departamento de Estado, as análises já estão procurando, principalmente, evidências de supostos “apoios terroristas” publicadas após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.

O Departamento de Estado já está trabalhando com os departamentos de Justiça e Segurança Interna. Segundo oficiais, esta é um “esforço de todo o governo e autoridades”. Além disso, o programa também está verificando notícias de manifestações anti-Israel, assim como processos judiciais de estudantes judeus contra estrangeiros supostamente “envolvidos em atividades antissemitas sem consequências”.

A vigilância na “terra da liberdade” marca uma escalada dramática nas ações de policiamento do governo perante a conduta e discurso de estrangeiros em solo estadunidense. Em janeiro, Trump assinou uma ordem executiva que autoriza o combate de ações antissemitas, e se comprometeu a deportar estrangeiros que tenham participado em protestos apoiando a Palestina.

No lançamento do programa, autoridades federais examinaram os perfis de 100 mil pessoas cadastradas no sistema de visitantes de intercâmbio estudantil desde outubro de 2023 para saber se algum visto havia sido revogado porque o estudante foi preso ou suspenso da universidade.

“Encontramos literalmente zero revogações de visto durante o governo Biden”, declarou um oficial do Departamento de Estado, “o que sugere uma atitude de vista grossa em relação à aplicação da lei”.

Nos Estados Unidos, um funcionário do Consulado que emitiu o visto para um estrangeiro é quem deve decidir por sua revogação assim que alertado sobre uma prisão ou suspensão escolar do estrangeiro.

BdF com  Axios