O processo foi aberto pelo DOJ e uma coalizão de estados em janeiro de 2023, ainda no governo de Joe Biden, e envolve a parte da empresa chamada Google Network.
“O Google empreendeu deliberadamente uma série de ações anticoncorrência para adquirir e manter o poder de monopólio da publicidade online”, concluiu a juíza federal Leonie Brinkema.
O que acontece agora?
Agora, a juíza vai ouvir argumentos sobre o que deve ser feito.
Ainda de acordo com a Reuters, uma definição sobre o caso deverá levar muito tempo, provavelmente anos, para acontecer.
Na semana que vem, o domínio do Google nas buscas será alvo de um outro julgamento, em Washington. Nele, o DOJ defende que a “big tech” venda seu navegador Chrome, entre outras medidas.
O presidente Donald Trump já deu a entender que não é a favor do desmembramento do Google. Segundo ele, isso prejudicaria os EUA no cenário internacional.
O que disse a juíza
Para Leonie Brinkema, o Google “assegurou seu monopólio impondo políticas contrárias à concorrência aos seus clientes”. Dessa forma, concluiu, a empresa causou um “dano significativo” aos seus clientes e impediu que os demais conseguissem disputar o mercado.
“Durante mais de uma década, o Google vinculou seu servidor de publicação de anúncios e as trocas de anúncios a condições contratuais e de integração tecnológica, o que permitiu à empresa estabelecer e proteger sua posição de monopólio nos dois mercados”, disse a juíza.
O que diz o Google
O Google se defende dizendo que as acusações foram baseadas em uma versão desatualizada da internet, que ignora o contexto atual, no qual anúncios também são colocados em resultados de pesquisa, nos aplicativos móveis e nas redes sociais.
E diz que superou a concorrência no segmento da publicidade online por ter uma tecnologia melhor.