Brasília, 14/11/2024

“Governadores pesaram mais que Lula e Bolsonaro nas eleições”, diz Zeca Dirceu

247 – Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) destacou o papel central dos governadores, inclusive os do Partido dos Trabalhadores, nos resultados das eleições municipais de 2024, especialmente nos estados do Ceará, Bahia e Piauí. Segundo Dirceu, o peso das lideranças estaduais foi mais determinante para o desempenho eleitoral do que a influência de figuras nacionais como o presidente Lula e Jair Bolsonaro. “O impacto muito grande não foi de Lula, não foi de Bolsonaro, foi dos governadores, inclusive os governadores do PT”, afirmou.

O deputado destacou que os resultados alcançados pelo PT nesses estados foram excelentes, enquanto o PSD também obteve vitórias significativas no Paraná e em São Paulo, devido à força dos governos estaduais. “No caso do Paraná, não foi tanto a temática nacional que impactou o resultado das eleições, foi muito mais a questão estadual e o comportamento do governador, a habilidade dele, a aprovação que ele tem”, explicou.

Além da análise regional, Zeca Dirceu defendeu a necessidade de o PT adotar estratégias mais assertivas em capitais como Curitiba. Ele afirmou que o partido perdeu uma grande oportunidade ao não lançar candidatura própria na capital paranaense, preferindo apoiar a candidatura de Luciano Ducci, que ficou fora do segundo turno. “A gente perdeu uma grande chance de fazer aparecer no debate da capital, que repercute em todo o estado, as marcas do PT, das nossas boas gestões, do nosso histórico de quarenta anos de sucesso onde o PT governa, dá certo”, lamentou.

Dirceu também destacou que o segundo turno é decisivo para muitas cidades importantes, como Fortaleza e Porto Alegre, onde ele acredita que o PT tem boas chances de vitória. Mesmo com um cenário desafiador, o deputado afirmou que o partido segue unido e confiante em um bom resultado nas urnas. Ao ser questionado sobre o bolsonarismo, o parlamentar ressaltou que a estratégia de Jair Bolsonaro em apoiar candidatos contra antigos aliados nas eleições foi um erro que poderá cobrar seu preço político no futuro. “O Bolsonaro foi em muitos municípios fazer campanha contra quem o apoiou na eleição passada. Essa conta não apareceu ainda, mas vai aparecer”, avaliou.

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