Brasília, 01/10/2024

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Governo aumenta ofensiva por Mantega no comando da Vale

O governo aumentou sua ofensiva para emplacar Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda entre 2006 e 2014, como CEO da Vale. Por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, iniciou contatos diretos com grandes acionistas da mineradora na tentativa de convencê-los a apoiar o plano. Segundo relatos feitos à CNN por pessoas diretamente envolvidas no processo, Lula quer Mantega com voz ativa no comando da empresa, e não apenas como coadjuvante, com um assento no conselho de administração. Informações da CNN.

À frente da presidência-executiva, Mantega teria remuneração em torno de R$ 60 milhões por ano. O atual CEO, Eduardo Bartolomeo, já manifestou publicamente interesse em permanecer no cargo.

Mitsui, Bradespar, Previ (o fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil), Cosan e BlackRock são os principais acionistas hoje da mineradora.

No entanto, pelo menos em tese, o governo ainda pode pressionar a Vale em diversas frentes. Uma delas é buscando repactuar a renovação de concessões de ferrovias, como a Estrada de Ferro Carajás (EFC), em que o Ministério dos Transportes busca cobrar uma fatura adicional de mais de R$ 20 bilhões em outorga. A pasta alega que houve erro de metodologia da gestão anterior.

A retomada de direitos minerários em jazidas sem atividades, por meio da Agência Nacional de Mineração (ANM), também pode ser um fator de pressão do governo sobre a Vale.

Fontes ligadas à cúpula do Congresso Nacional afirmaram à CNN que, se o governo insistir em Mantega no comando da Vale, a Câmara dos Deputados e o Senado podem entrar na sucessão para barrar a indicação do Palácio do Planalto.

Procurado, o Ministério de Minas e Energia não fez comentários.

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