Brasília, 10/03/2025

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Greve contra reforma judicial de Netanyahu paralisa Israel

Milhares de manifestantes estão nas ruas de Israel nesta segunda-feira (27) para protestar contra o projeto de reforma judicial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O país registra manifestações desde que os planos do premiê foram anunciados, há meses, mas a mobilização escalou após Netanyahu demitir o ministro da Defesa, Yoav Gallant, por críticas à sua reforma que busca diminuir os poderes da Suprema Corte.

O líder da Histadrut, maior central sindical do país, anunciou uma greve geral. “Estamos todos preocupados com o destino de Israel”, disse Arnon Bar-David durante coletiva de imprensa ao lado de líderes empresariais e funcionários públicos, de acordo com o jornal Times of Israel.

“Perdemos nosso caminho, não se trata de esquerda ou direita”, continuou ele. “Não podemos mais polarizar a nação.”

A mobilização trabalhista conseguiu suspender a saída de voos do Aeroporto Internacional Ben Gurion. De acordo com o jornal Haaretz, ao menos 80 mil pessoas cercam o Knesset, o Parlamento do país.

Diante da pressão popular, o Legislativo do país rejeitou duas votações de moções que poderiam retirar Netanyahu do cargo. Na mais recente votação, 60 deputados votaram contra a moção de censura e 51 permaneceram a favor. Dessa maneira, o premiê segue no poder.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, somou-se ao coro de descontentes e também pede que Netanyahu desista de sua proposta de reforma judicial. “Pelo bem da unidade do povo de Israel, pelo bem da responsabilidade necessária, peço a vocês que interrompam o processo legislativo imediatamente”, disse Herzog em comunicado.

Mas não há consenso dentro do governo mais alinhado à extrema-direita da história do país: o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, ameaça deixar a coalizão caso o premiê desista de sua proposta. A proposta de Netanyahu daria poder ao Parlamento para derrubar decisões da Suprema Corte e também interferir no processo de nomeação de juízes. (BDF)

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