A Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (Ungrd) informou na quinta-feira (25), que os incêndios florestais que se intensificaram em várias regiões da Colômbia devastaram cerca de 7.401 hectares de florestas desde novembro passado, quando começou a incidência do fenômeno climático El Niño.
No entanto, os incêndios mais preocupantes são as das colinas orientais em Bogotá, deixando que o fumo se espalhe pela capital, afetando a qualidade do ar e as operações aéreas, e os de Nemocón, uma cidade de Cundinamarca, próxima à capital, onde as chamas devoraram dezenas de hectares de vegetação.
Em Bogotá, a situação parece estar melhorando, enquanto o prefeito Carlos Fernando Galán afirmou que o incêndio na colina El Cable, o maior de toda a cidade, foi assistido por 422 pessoas durante todo o dia e foram realizadas 81 descargas aéreas de água com helicópteros. “Durante a noite, 197 pessoas trabalharam (…) por enquanto não há risco para as casas próximas”, afirmou.
Além disso, o prefeito anunciou medidas para combater a poluição do ar no sudoeste da cidade, incluindo um alerta de zona, bem como a extensão da medida de pico e placa – que restringe o tráfego de veículos – aos sábados.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou na quinta-feira (25) que os Estados Unidos, Chile, Peru e Canadá responderam ao pedido de ajuda internacional que ele fez ontem para combater os incêndios, que também foi enviado à União Europeia (UE) e à ONU.
“A humanidade desenvolveu alguns mecanismos de solidariedade (…) vamos ativá-los (…) Neste momento, em nosso continente, Estados Unidos, Chile e Peru são os países que já responderam, e o Canadá no último instante que tem uma enorme experiência”, disse Petro em Tumaco, cidade do Pacífico que se tornou a sede do Executivo durante esta semana. (Brasil de Fato)
O governo convocou na noite de quarta-feira (24) o comitê nacional para a gestão de riscos, no qual foi oficializada a decisão de declarar a situação de desastre e calamidade, que permitirá a realocação de recursos orçamentários para amenizar os incêndios, garantir o acesso à água potável e as operações aéreas que atendem aos focos de fogo.