Brasília, 18/12/2024

Israel já matou quase 13 mil estudantes palestinos em Gaza e na Cisjordânia desde 7 de outubro

O Ministério da Educação palestino disse que 12.799 estudantes foram mortos e 20.942 feridos desde o início do massacre israelense na Faixa de Gaza e na Cisjordânia em 7 de outubro do ano passado, segundo a Agência Palestina de Notícias e Informações (WAFA).

O Ministério palestino declarou que, só em Gaza, o número de estudantes mortos desde o início do massacre ultrapassou 12.681, com outros 20.311 feridos. Já na Cisjordânia, 118 estudantes foram mortos, 631 feridos e outros 538 presos. A pasta afirmou que 598 professores e administradores foram mortos e 3.801 feridos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, com mais de 158 detidos na Cisjordânia.

A pasta ainda destacou que 425 escolas governamentais, universidades e seus prédios, bem como 65 instalações afiliadas à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), foram bombardeadas e destruídas na Faixa de Gaza.

O órgão também confirmou que 788 mil estudantes na Faixa de Gaza continuam impedidos de frequentar escolas e universidades desde 7 de outubro, enquanto a maioria dos estudantes sofre de traumas psicológicos e enfrenta graves condições de saúde.

Final feliz para os reféns?

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse nesta segunda-feira (16) que negociadores israelenses “nunca estiveram tão perto de um acordo” para a libertação de reféns em Gaza desde a trégua de novembro de 2023.

“Nunca estivemos tão perto de um acordo sobre os reféns desde o acordo anterior”, disse o ministro diante dos membros da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento israelense, informou à agência AFP seu porta-voz, que confirmou as declarações de Katz nesta sessão a portas fechadas.

“No que diz respeito às possibilidades de se chegar a um acordo de troca de presos e de cessar-fogo entre a ocupação [Israel] e a resistência [o Hamas e outro grupos palestinos], acho que de fato estamos mais perto do objetivo como nunca estivemos até agora”, declarou à AFP, sob a condição do anonimato, um dirigente do Hamas contactado em Doha.

Mas isto “se [o primeiro-ministro israelense] Netanyahu não fizer descarrilar as coisas intencionalmente como fez a cada vez”, acrescentou.

Em novembro de 2023, uma trégua de uma semana, a única realizada até agora na guerra desencadeada em 7 de outubro daquele ano pelo ataque sem precedentes do movimento islamista palestino Hamas em território israelense, facilitou a libertação de 105 reféns retidos na Faixa de Gaza e 240 palestinos detidos em prisões israelenses.

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