Brasília, 03/10/2024

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Justiça torna réus os cinco acusados de matar 10 pessoas da mesma família

O Tribunal do Júri de Planaltina, no Distrito Federal, aceitou nesta terça-feira (7) a denúncia contra os cinco acusados pela chacina de 10 pessoas da mesma família. Agora, Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Carlomam dos Santos Nogueira, Carlos Henrique Alves da Silva e Fabricio Silva Canhedo são réus. Informações do G1 .

De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que está à frente da acusação, a denúncia foi oferecida no dia 2 de fevereiro e aceita nesta terça. Segundo o órgão, foi montada uma força-tarefa para atuar no caso.

O MP informou ainda que os réus são acusados de mais de 100 crimes. Caso sejam condenados, as penas podem somar 385 anos de prisão.

Veja os crimes atribuídos aos réus:

Gideon Batista de Menezes

  • Homicídio triplamente qualificado: emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime;
  • Homicídio duplamente qualificado: uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime;
  • Ocultação e destruição de cadáver;
  • Corrupção de menores;
  • Sequestro e cárcere privado;
  • Extorsão mediante sequestro;
  • Constrangimento ilegal com uso de arma;
  • Associação criminosa;
  • Roubo.

Horácio Carlos Ferreira Barbosa

  • Homicídio quadruplamente qualificado: emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos;
  • Homicídio triplamente qualificado;
  • Homicídio duplamente qualificado;
  • Ocultação e destruição de cadáver;
  • Corrupção de menores;
  • Extorsão mediante sequestro;
  • Sequestro e cárcere privado;
  • Constrangimento ilegal com uso de arma;
  • Associação criminosa;
  • Roubo;
  • Fraude processual: ato de modificar intencionalmente dados de processo, com intuito de levar juiz ou perito a erro.

Carlomam dos Santos Nogueira

  • Homicídio quadruplamente qualificado;
  • Homicídio triplamente qualificado;
  • Extorsão mediante sequestro;
  • Corrupção de menor;
  • Ocultação e destruição de cadáver;
  • Sequestro e cárcere privado;
  • Ameaça com uso de arma;
  • Associação criminosa;
  • Constrangimento ilegal com uso de arma;
  • Roubo.

Carlos Henrique Alves da Silva

  • Homicídio duplamente qualificado;
  • Sequestro;
  • Cárcere privado.

Fabricio Silva Canhedo

  • Extorsão mediante sequestro;
  • Associação criminosa;
  • Roubo;
  • Fraude processual.

Além deles, um adolescente também participou do crime e está apreendido. Segundo a Polícia Civil, o crime foi cometido porque o grupo queria a posse de uma chácara onde morava parte da família da cabeleireira Elizamar da Silva, avaliada em R$ 2 milhões.

As 10 vítimas da chacina são:

  • Elizamar da Silva, de 39 anos: cabeleireira;
  • Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos: marido de Elizamar Silva;
  • Rafael da Silva, de 6 anos: filho de Elizamar e Thiago;
  • Rafaela da Silva, de 6 anos: filha de Elizamar e Thiago;
  • Gabriel da Silva, de 7 anos: filho de Elizamar e Thiago;
  • Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos: pai de Thiago e sogro de Elizamar;
  • Cláudia Regina Marques de Oliveira, de 54 anos: ex-mulher de Marcos Antônio;
  • Renata Juliene Belchior, de 52 anos: mãe de Thiago e sogra de Elizamar;
  • Gabriela Belchior, de 25 anos: irmã de Thiago e cunhada de Elizamar;
  • Ana Beatriz Marques de Oliveira, de 19 anos: filha de Cláudia e Marcos Antônio.

Motivação para o crime

De acordo com a investigação da Polícia Civil do Distrito Federal, a motivação para o assassinato de Elizamar e mais nove pessoas de sua família foi a posse de uma chácara, avaliada pelos criminosos em R$ 2 milhões.

Conforme o delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, os cinco homens e o adolescente agiram para se apropriar do terreno e de R$ 200 mil obtidos pela ex-mulher de Marcos com a venda de uma casa.

Ao matar toda a família, os assassinos consideravam que não haveria herdeiros da propriedade e eles poderiam reivindicar sua posse para uma futura venda, de acordo com o que averiguou a polícia.

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