Brasília, 28/09/2024

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Lavagem de dinheiro e jogos ilegais: Entenda a operação que prendeu Deolane Bezerra

Na manhã desta quarta-feira (4), a influenciadora  Deolane Bezerra foi presa (foto)em uma operação da Polícia Civil de Pernambuco, parte de uma investigação contra uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Além dela, a operação mira o CEO da empresa Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, e seu pai, o empresário Darwin Henrique da Silva.

A prisão, confirmada à TV Globo pela Polícia Civil, ocorreu no Recife , e a polícia ainda não divulgou detalhes sobre como funcionava o esquema criminoso. Ela foi levada para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), localizado no bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife.

Também foi determinada a entrega do passaporte de Deolane , a suspensão do porte de arma e o cancelamento do registro de arma de fogo. A influenciadora também teve R$ 2,1 bilhões bloqueados de contas bancárias, além do confisco de bens.

Entenda a operação

A operação, chamada “Integration”, começou em abril de 2023 e, além de Deolane Bezerra, foram expedidos 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão em várias cidades, incluindo Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.

A operação contou com a colaboração da Interpol e das polícias civis de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás, envolvendo um total de 170 policiais.

Em investigações anteriores, Deolane Bezerra foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil de São Paulo em 2022. Na ocasião, a investigação estava ligada à Betzord, uma empresa de apostas esportivas na internet. A Betzord era investigada por crimes contra a economia popular e associação criminosa. Após a busca, Deolane publicou um vídeo afirmando que nada de ilícito havia sido encontrado em sua residência.

Em fevereiro deste ano, a Polícia Civil do Rio de Janeiro investigou a relação de Deolane com traficantes do Complexo da Maré, após ela postar um vídeo com o cordão de ouro do chefe do tráfico da favela. Deolane alegou que o cordão era uma homenagem à comunidade.

Justiça nega habeas corpus de Deolane Bezerra e influencer chega à penitenciária em PE

A  influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra  teve o pedido de habeas corpus negado pela Justiça nesta quarta-feira (4). A empresária foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina do Recife.

De acordo com as informações do UOL, os advogados de Deolane pediram para que a  prisão preventiva fosse substituída por uma “medidas cautelares menos gravosas”.

A equipe argumenta que não há “periculosidade concreta e a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas, a prisão preventiva de Deolane Bezerra Santos mostra-se desproporcional e desnecessária”.

Além disso, é ressaltado que a prisão da advogada “causa danos irreparáveis à sua imagem, reputação e ao exercício de sua profissão”. Deolane teve que, também, entregar o passaporte, teve seu porte de arma de fogo suspenso e bens bloqueados.

A decisão foi do juiz Claudio Jean Nogueira Virgínio, que argumentou que o pedido de habeas corpus não se cabe no caso de Deolane, uma vez que a seção criminal em questão só poderia ser julgado em caso de condenação confirmada sem possibilidade de recurso.

Outro ponto ressaltado é que há um primeiro pedido de habeas corpus que está em andamento na 4ª Câmara Criminal, o que o motivou a passar a decisão para outra câmara.

De acordo com a SEAP/PE, Deolane chegou na penitenciária na tarde desta quarta-feira e que, por motivos de segurança, ficará em uma cela reservada.

“A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (SEAP/PE) informa que Deolane Bezerra chegou, na tarde desta quarta-feira (04/09), à Colônia Penal Feminina do Recife, na Região Metropolitana do Recife. Por se tratar de um caso de repercussão, a unidade prisional tomou as medidas cabíveis de segurança a fim de resguardar a integridade física da pessoa privada de liberdade, mantendo-a em cela reservada. Por questão de segurança, mais detalhes sobre a prisão não podem ser repassados.” (IG)

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