Brasília, 03/10/2024

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Lula faz pausa na agenda para se submeter a cirurgia no quadril

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá entrada, nesta sexta-feira, 29, ao Hospital Sírio Libanês de Brasília, para se submeter a uma cirurgia de quadril, que o obrigará a reduzir sua intensa agenda oficial por várias semanas.

Nove meses depois de assumir seu terceiro mandato, Lula, que fará 78 anos em 27 de outubro, se submeterá a uma “artroplastia total de quadril” devido a uma artrose, que lhe causa fortes dores há pelo menos um ano.

Após a cirurgia, o presidente deverá permanecer hospitalizado até a terça-feira e em momento algum passará o cargo ao vice-presidente, Geraldo Alckmin, informou à AFP um assessor da Presidência.

A operação, que durará várias horas, e será realizada com anestesia geral, consiste na colocação de uma prótese híbrida, com uma parte fixada com cimento ósseo e outra encaixada diretamente no osso.

Nos últimos dias, a agenda do presidente foi reduzida e, esta semana, ele adiou uma viagem a São Paulo por recomendação médica, confirmou à AFP uma fonte da Presidência.

Lula disse estar “muito otimista” sobre a cirurgia e afirmou que vai poder trabalhar normalmente durante sua recuperação, que fará no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

Mas precisará frear sua agitada agenda de viagens e permanecerá em Brasília por pelo menos quatro semanas.

Se tudo correr conforme o previsto, espera-se que Lula retome as viagens internacionais e assista, ao final de novembro, à Conferência da ONU sobre o Clima, COP28, nos Emirados Árabes Unidos.

Lula sofre de artrose no quadril direito, um desgaste na cartilagem que reveste as articulações e pode limitar os movimentos.

Na segunda-feira, ele revelou que começou a sentir dores na cabeça do fêmur em agosto do ano passado, durante a campanha eleitoral às presidenciais de outubro, quando derrotou Jair Bolsonaro.

Desde então, os sintomas se intensificaram, causando-lhe dificuldades para dormir, sentar-se ou ficar de pé, e o deixam de “mau humor”.

Sem muletas à vista 

Mas, o presidente decidiu adiar a cirurgia, temendo – segundo ele próprio admitiu – passar uma imagem de fragilidade. Ao contrário, assumiu o comando de uma diplomacia hiperativa e deu a volta ao mundo para se reunir com líderes estrangeiros e participar de encontros multilaterais.

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