Brasília, 28/09/2024

Brasília, 28/09/2024

Maduro usa boné do MST e convida brigada de agricultores do movimento para a Venezuela

BRASIL DE FATO – O presidente da Venezuela Nicolás Maduro pediu nesta terça-feira (27) o envio de uma brigada de 1.000 agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ao país para produzir em solo venezuelano. A declaração foi feita durante o balanço da Consulta Popular das Comunas, no Palácio Miraflores, sede do governo.

No evento, Maduro usou um boné do MST que foi dado de presente pela própria brigada do movimento no país. Ele também citou o economista João Pedro Stedile, dirigente e fundador do movimento.

A fala foi acompanhada pela brigada do MST no país e por uma delegação do movimento que acompanhou a consulta popular das comunas. O presidente agradeceu o presente e deu as boas-vindas aos militantes que chegaram nos últimos dias à Venezuela.

Balanço da consulta

Ao lado do presidente, o ministro das Comunas, Angel Prado, apresentou alguns dados relacionados aos projetos aprovados na Consulta Popular realizada com as comunas no domingo (25).

Cerca de 22% dos projetos aprovados foram destinados à água, 13% para o serviço elétrico, 13% para manutenção de unidades de ensino, 13% para manutenção das ruas, 11% para a saúde, 8% para projetos ambientais e 6% para a construção de muros de contenção.

Segundo o ministro, 93% das atas eleitorais foram apuradas. Faltam agora os dados de algumas comunas rurais.

Essa foi a segunda consulta popular realizada no ano. A ideia do governo é organizar ainda em 2024 uma terceira consulta. Ao todo, 4.500 projetos receberão US$ 10 mil (equivalente a cerca de R$ 55 mil) para a execução. Cerca de 1,5 milhão de venezuelanos votaram em 49 mil conselhos comunais de 4.505 comunas do país. Foram apresentados 27.420 projetos. Cada comuna foi responsável por discutir sete projetos em assembleias. Os comuneros votaram em apenas um de cada comuna.

Angel Prado celebrou a consulta e disse que os comuneros votaram com “esperança” em um processo pacífico.

“O povo não votou apenas com esperança, mas votou com a certeza de que estes recursos começarão a chegar a partir desta semana. Não votamos no meio de ameaças, não votamos para queimar ninguém, para matar ninguém, para destruir um centro de saúde. Votamos porque queremos melhorar e transformar nossa comunidade”, afirmou.

Tags

Gostou? Compartilhe!

Leia mais