A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou nas redes sociais o trabalho do presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, com o Brasil na defesa da democracia e no combate às mudanças climáticas. O democrata deixa a Casa Branca nesta segunda-feira (20), quando assume o republicano Donald Trump.
“É preciso reconhecer: [Biden] guiou sua ação no clima tendo como norte a necessidade de enfrentar mudanças climáticas, criando empregos e restaurando a integridade científica”, destacou a ministra.
Para ela, as mudanças nas políticas interna e externa dos EUA nos últimos quatro anos não apenas favoreceram o enfrentamento do problema global, como as relações da administração norte-americana dentro e fora do país.
Nos Estados Unidos, por exemplo, Marina lembrou que foram aprovadas no Congresso normas como a Lei para Redução da Inflação, conhecida como IRA na sigla em inglês, e a Lei da Infraestrutura, com o apoio de parlamentares republicanos no Congresso.
Essa última é tida como o maior pacote financeiro já aprovado nos Estados Unidos – no valor de US$ 400 bilhões – tendo como foco a transição para uma economia de baixo carbono, infraestrutura e industrialização verde.
Custo da energia
“O objetivo: reestruturar a matriz energética, diminuir o custo da energia, criar empregos e aumentar a segurança energética do país”, acentuou.
A ministra também destacou avanços em outras regulações federais que tratam de corte de metano e outros poluentes.
Para fora do país, Marina Silva lembrou do retorno dos EUA ao Acordo de Paris, que reúne ações globais em resposta à ameaça da mudança climática, como a redução das emissões de gases de efeito estufa, e que os EUA são signatários desde sua criação, em 2015.
O acordo havia sido abandonado por Trump, em seu primeiro governo, e teve a reintegração do país norte-americano oficializada no início do governo de Biden.
Os esforços para a construção de um pacto equilibrado de competição e cooperação com a China foram destacados pela ministra como outro ponto significativo no enfrentamento dos impactos humanos no clima.
“Durante o governo Biden os dois países [Estados Unidos e China] tiveram consciência de que, apesar da competição, precisavam cooperar, pois são os maiores poluidores do planeta e sabem da importância da descarbonização simultânea de ambos”, acentuou.
A transversalidade da agenda ambiental a outras políticas, em especial a econômica, é considerada por Marina um dos legados do democrata, alinhado ao governo brasileiro. “A continuidade de tudo isso será um imenso desafio nos próximos anos, não só pela gravidade da emergência climática como também pela chegada de Donald Trump à Casa Branca. Fica aqui o meu reconhecimento ao papel do presidente Joe Biden”, conclui.