Brasília, 02/10/2024

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Ministério Público apresenta nova denúncia contra ex-delegado-chefe da Polícia Civil do DF

g1 tenta contato com a defesa de ambos os citados.

De acordo com os promotores, os dois usaram o Sistema Vigia, da PCDF, e o banco de dados do Detran para saber a localização do carro da vítima. Conforme o MP, Peralva acessou, no mínimo, 58 vezes o software da PCDF para saber a localização da ex-amante do diretor-geral da Polícia Civil, a pedido do chefe.

O Ministério Público também pede que Robson Cândido da Silva Thiago Peralva Barbirato França percam o cargo de delegados e que a aposentadoria de Cândido seja cassadaA aposentadoria do ex-diretor da PCDF foi publicada no Diário Oficial no dia 17 de outubro, após ele ter sido denunciado pela ex-amante.

  • Stalking (perseguição);
  • Violência psicológica;
  • Descumprimento de medida protetiva de urgência (ele estava obrigado, pela Justiça, a ficar longe da ex-amante);
  • Peculato;
  • Participação em corrupção passiva;
  • Participação em interceptação telemática ilegal e violação de sigilo funcional.

Já o delegado Thiago Peralva — que foi afastado da função de delegado e está usando tornozeleira eletrônica — responde na Justiça por 3 crimes:

  • Participação em stalking;
  • Corrupção passiva
  • Interceptação telemática ilegal.

A denúncia foi feita em conjunto pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do MPDFT.

Pedido de revogação de prisão

Também nesta segunda, a Justiça negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Robson Cândido, conforme pedido feito pela defesa do ex-delegado-chefe.

Segundo o advogado de Robson Cândido, ele não ocupa mais um cargo público e, por isso, não teria como dar continuidade aos atos apresentados na denúncia. Além disso, a defesa argumenta que Cândido não foi agressivo contra a vítima.

No entanto, para o juiz, “é evidente que possui influência perante os servidores da instituição policial desta unidade federativa”. O magistrado aponta ainda que, apesar de não ter sido denunciado caso de violência física, outros tipos de violência foram apresentados.

Já a defesa de Thiago Peralva pediu a revogação do uso da tornozeleira eletrônica pelo delegado. O pedido foi aceito parcialmente. A medida inicial, cumprida no último dia 5, determinava que Peralva não poderia sair do raio de 1 km da casa dele.

Ele também não poderia não ter contato com a vítima e sua família, testemunhas do processo e pessoas que trabalham na 19ª DP e no Ministério Público.

Na decisão, o magistrado decidiu que o delegado mantenha distância de 3 km apenas da delegacia que chefiava, da casa e do trabalho da vítima. Dessa forma, ele continua usando a tornozeleira eletrônica por mais 90 dias. (G1)

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