Morreu, na manhã desta terça-feira (7/1), a jornalista e empresária Miriam Aquino, 64 anos. Nascida no Rio de Janeiro, ela veio ainda bebê para Brasília, onde fez carreira no jornalismo, passando por veículos como O Globo, Correio Braziliense e Jornal de Brasília. Atualmente, comandava a editora Momento Editorial, focada em tecnologia da informação e telecomunicações. Informações do Correio Braziliense.
“É difícil descrevê-la. Era uma pessoa fantástica, alegre, para frente, sempre a mil, muito competitiva. É uma grande perda para os amigos, para os filhos, para a família e para o mercado de telecomunicações”, relatou ao Correio Pelágio Gondim, ex-marido da jornalista.
Miriam estudou na Universidade de Brasília (UnB), onde participou ativamente do Diretório Central dos Estudantes. Enquanto universitária, participava também das festas e do carnaval da cidade. Ela inclusive apareceu no Correio Braziliense em 1984, fantasiada com as amigas do movimento Diretas Já no Pacotão, tradicional celebração carnavalesca de Brasília.
“Ela era alegre, festeira e muito engajada em causas democráticas, sociais e culturais”, afirmou Margrit Dutra Schmidt, amiga de infância de Miriam, ao Correio.
Depois de formada, foi jornalista econômica. Em seguida, voltou-se para as telecomunicações e abriu a própria empresa em 2005. Ao todo, tinha 30 anos de carreira.
A jornalista trabalhou no Correio Braziliense entre 1982 e 1985. É lembrada pelos ex-colegas com carinho. “Inteligente e alegre, ela deixa muita saudade”, disse Luís Jorge Natal, ex-colega de trabalho.
Em seu perfil no LinkedIn, ela relata que ainda trabalhou para a Organização das Nações Unidas (ONU) por meio de Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O portal Tele.Síntese, pertencente à Momento Editorial, destacou o legado da fundadora. “Miriam não era apenas uma jornalista, era uma mentora e uma profissional incansável. Sua ética, competência e compromisso com a verdade a acompanharam ao longo de sua carreira. Com uma habilidade singular para traduzir temas complexos em textos acessíveis e claros, conquistou o respeito de colegas, leitores e fontes”, publicou.
Ao Correio, a Oi lamentou a morte da jornalista. “A Oi manifesta profundo pesar pelo falecimento da jornalista Miriam Aquino. Sua grande dedicação ao setor de telecomunicações e incansável busca por informação nos marcaram profundamente. Deixamos nossas sinceras condolências à família, amigos e colegas neste momento. Miriam será sempre lembrada por sua energia, devoção ao jornalismo e contribuição para o setor. Que sua memória permaneça viva entre todos que tiveram o privilégio de conhecê-la”, declarou.
Apesar de o escritório de sua empresa ser localizado em São Paulo, Miriam morava em Brasília com a família. A empresária era muito querida pelos parentes e amigos. Descrita com uma personalidade encantadora, estava em uma ótima fase pessoal e profissional.
Ela ela teve dois filhos, Diego e Danilo. “Ela era uma mãezona, muito apegada aos meninos”, completou o ex-marido.