“Passei momentos maravilhosos em Riad. A Arábia Saudita me recebeu de forma surreal. Não só a mim quanto a minha família. Fui muito feliz aqui e levarei essas lembranças comigo para o resto da vida. Mas tive uma lesão muito grave que me impediu de retribuir esse carinho dentro de campo como eu gostaria. Estarei torcendo muito para o sucesso da Copa do Mundo de 2034. Os sauditas merecem”, declarou.
“Mas agora eu preciso voltar a atuar. E só um clube como o Santos pode me proporcionar o carinho que preciso para me preparar para os desafios que tenho nos próximos anos. Todos vocês, independente do clube que torcem, sabem o que estou falando. Espero que todos me acompanhem nessa nova etapa da minha vida. Sou grato a todos vocês que me apoiaram, mesmo nos momentos mais difíceis. Não foram poucos. Só jogando futebol, fazendo o que mais amo nessa vida, que sou feliz. É um orgulho que nem todos podem ter. Parece até que essa palavras já forma escritas. Talvez tenham sido mesmo. Estou muito feliz em poder escrever de novo”, finalizou.
Neymar deve chegar no Brasil na manhã desta sexta-feira e ser apresentado à torcida na Vila Belmiro durante a noite. O Santos ainda não publicou nada sobre o acordo, mas o presidente Marcelo Teixeira já deu boas-vindas ao craque, que assinará por seis meses.
Neymar tinha vínculo com o time árabe até o dia 30 de junho de 2025. Contudo, o astro brasileiro não vinha agradando, especialmente por conta das lesões. Ele retornou de grave contusão no joelho recentemente e, logo no seu segundo jogo, sofreu uma lesão muscular na coxa.
Atualmente, o atacante já está apto para entrar em campo. Contudo, o técnico Jorge Jesus entende que ele não está no mesmo ritmo que os companheiros e, por isso, só o usaria na Liga dos Campeões da Ásia e no Mundial de Clubes.
Em meio a este cenário, o atleta foi seduzido pelo Santos a voltar para casa. Com uma boa relação com o pai de Neymar, o presidente Marcelo Teixeira apresentou um projeto esportivo ao jogador, além de um vídeo, feito com inteligência artificial, de Pelé convocando o craque a retornar.
O carinho que Neymar vai receber no Brasil pesou bastante, assim como a proximidade da Copa do Mundo. O camisa 10 da Seleção Brasileira tem o sonho de conquistar o torneio pelo país e quer chegar bem no Mundial dos Estados Unidos, em 2026.
Neymar defendeu o Santos de 2009 até 2013. Ao todo, foram 225 jogos e 136 gols pelo clube paulista, além de um título da Libertadores, marcando na final, um da Copa do Brasil e três do Campeonato Paulista.
Em 2023, foi embora para o Barcelona. Na Catalunha, fez história ao lado de Lionel Messi e Luís Suárez, formando o famoso trio “MSN”. Foi campeão da Liga dos Campeões em 2015, novamente balançando as redes na grande decisão, além de duas vezes campeão espanhol. Foram 105 gols marcados em 186 partidas pelo clube catalão.
Neymar foi para o Paris Saint-Germain em agosto de 2017. Ao todo, disputou 173 partidas, marcando 118 gols e dando 70 assistências. Já em agosto de 2023, foi anunciado pelo Al-Hilal. Na Arábia Saudita, sofreu com lesões e disputou apenas sete partidas, marcou um gol e deu duas assistências.
De volta ao Santos, Neymar disputará o Campeonato Paulista, Brasileirão e Copa do Brasil.
Carreira no exterior
No Barcelona, Neymar se destacou ao formar o temido “MSN” com Messi e Suárez. Na passagem, conquistou duas LaLigas, a Champions League de 2014/15, três Copas do Rei e o Mundial de Clubes. Assim, sua participação foi crucial em grandes vitórias do Barça, como a remontada histórica contra o PSG na Liga dos Campeões de 2016/17.
Em 2017, Neymar se envolveu na maior transferência da história do futebol ao ser comprado por 222 milhões de euros (R$ 821 milhões, na cotação da época) pelo Paris Saint-Germain. No clube parisiense, conquistou títulos da Ligue 1, Copas da França e, em 2020, foi fundamental na campanha do clube até a final da Liga dos Campeões, embora o título europeu tenha ficado fora de alcance.
Em 2023, Neymar realizou uma surpreendente transferência para o Al-Hilal. Entretanto, por conta de problemas com lesões, a passagem ficou marcada mais pelas polêmicas extracampo do que pelas suas atuações no futebol saudita. Ao todo, foram apenas sete jogos, um gol marcado e duas assistências distribuídas.