Parlamentar de primeiro mandato no Distrito Federal, o deputado federal Gilvan Maximo afirmou que vai trabalhar para que o Republicanos, partido pelo qual foi eleito nas últimas eleições, endosse a possível candidatura da atual vice-governadora Celina Leão (PP) ao Palácio do Buriti em 2026.

Com a impossibilidade de mais uma reeleição do atual governador Ibaneis Rocha (MDB), Gilvan afirmou ser natural que todos os partidos integrantes da base do governo emedebista mantenham o apoio para a eventual candidatura da atual número 02 do Executivo local.

Durante entrevista ao GPS|Brasília (veja o vídeo abaixo), o parlamentar apontou como justificativa a lealdade de Celina e o comprometimento da política com o atual governo, especialmente em momentos críticos, como os eventos de 8 de Janeiro.

“Ela é muito firme, leal e fiel ao nosso governador Ibaneis”, disse.

Além disso, o congressista reforçou que, apesar de ventilada em corredores palacianos, uma eventual candidatura majoritária do Republicanos ao Governo do Distrito Federal (GDF) não deve prosperar, visto que o partido está sendo contemplado pela atual gestão e, segundo ele, estaria satisfeito com os resultados apresentados até então pela gestão de Ibaneis Rocha.

Essas conversas, além de passar, lógico, óbvio, por Brasília, pelo nosso presidente local Vanderlei [Tavares], ela vai passar também na nacional, pelo nosso presidente Marcos Pereira. Eu tenho certeza disso. O Republicanos não vai entrar em barca furada. O Republicanos não vai entrar em aventura. Nós temos que ter muita responsabilidade neste momento, muita responsabilidade com a cidade, com a população. Se o governo tivesse sido ruim, se as coisas tivessem degringolado por aqui, o que não é o caso…  Nós temos aqui um governo responsável, sério, e o Republicanos é um partido sério e que reconhece isso”, frisou.

Assista ao vídeo:

Eleições 2026

Sobre o cenário político de 2026, o deputado apostou toda a confiança na possível candidatura de Ibaneis Rocha ao Senado, afirmando que o governador possui “um trabalho consolidado e prestado à população do DF”.

Ao ser questionado sobre uma possível candidatura de Ricardo Cappelli (PSB) ao governo local, Gilvan foi enfático em sua crença na força política da direita em Brasília. “Temos tudo para ganhar a eleição no primeiro turno”, apostou.

Apesar de ter protagonizado desentendimentos públicos com o ex-governador José Roberto Arruda (sem partido), durante a última campanha distrital, o parlamentar garantiu que as desavenças ficaram para trás e que chegou a se encontrar recentemente com o político, o qual está inelegível nas próximas eleições, caso sejam mantidos os atuais entendimentos da Justiça.

Nós tivemos os problemas lá na política atrás e, recentemente, a gente se encontrou para um jantar, que eu convidei ele para jantar na minha casa, nós nos encontramos. Eu acho que fizemos uma conversa, uma boa conversa. Ele trabalhou muito para Brasília. Eu respeito muito o ex-governador José Roberto Arruda. Acho que a gente tem que respeitar todos. A minha mãe me ensinou isso e meu pai também, desde cedo. A gente tem que lidar bem com todos e respeitar todos. Aquele desafeto da campanha ficou para trás e agora a gente tem que olhar para frente”, garantiu.

Articulação

Além dos temas políticos, Maximo relatou as experiências e desafios enfrentados no Congresso Nacional, destacando-se a atuação em prol do Distrito Federal, em especial na manutenção do Fundo Constitucional e no aumento salarial das forças de segurança do DF.

“Corríamos um risco seríssimo de perder o Fundo Constitucional”, explicou, pontuando a importância da articulação entre o Congresso e o Executivo Federal para evitar um prejuízo de R$ 1,8 bilhão anuais.

O parlamentar também mencionou seu papel como relator da Comissão Mista de Orçamento, que aprovou um aumento de 18% para Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, o primeiro reajuste em 12 anos, segundo ele.

Além das pautas de segurança, Gilvan comentou sobre um projeto que leva atendimento médico a diversas regiões do DF por meio de carretas de saúde, um esforço destinado a reduzir a pressão no sistema local, frequentemente sobrecarregado devido ao atendimento de moradores do entorno e até de outros estados.

“Destinei R$ 23 milhões em emendas para o programa Minha Saúde”, destacou, explicando que as carretas oferecem 14 especialidades, incluindo exames de imagem e consultas com cardiologistas, psicólogos e nefrologistas.