Brasília, 01/10/2024

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“Por cinco anos apanhei”, diz Bolsonaro sobre caso Marielle

O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que foi "massacrado por cinco anos" por suspeitas ligando o seu nome ao assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018. A declaração foi realizada durante uma "superlive" que aconteceu no domingo, 28.
Bolsonaro comentou a situação após as notícias, na última semana, de que o ex-policial militar Ronnie Lessa, preso sob acusação de ter  atirado na vereadora e no motorista dela, Anderson Gomes, fechou um acordo de delação premiada com a PF.

Com o depoimento do ex-PM, investigadores suspeitam do envolvimento de Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio), no crime, que nega qualquer envolvimento.

No vídeo ao vivo, Bolsonaro disse que Lessa vivia no condomínio Vivendas da Barra, o mesmo que o ex-presidente, na zona oeste do Rio de Janeiro. “O possível executor morava no meu condomínio, que tem 150 casas, daí o mundo começou a cair na minha cabeça”, disse. “Por cinco anos apanhei como possível mandante da morte de Marielle”, declarou.

Bolsonaro também comentou outras notícias relacionadas ao como a de que um porteiro que disse ter interfonado para sua casa para autorizar a entrada de outro suspeito na noite do crime.

“O porteiro voltou atrás, mas o que acontece é que isso me marcou ao longo de muito tempo”, diz. Ele ainda rebateu outra “teoria daquele momento”, a de que Marielle estava crescendo muito e seria uma potencial candidata ao Senado, competindo então com seu filho Flávio.

“O mais quero é que o fato seja elucidado. Eu nunca tive contato com a Marielle. O meu filho Carlos tinha o gabinete dele no mesmo andar da Marielle, nunca tiveram problema”, acrescentou.

Em seguida, Carlos Bolsonaro (Republicanos) afirmou que sua convivência com a vereadora era amistosa e que a imprensa sempre divulgou a relação “de forma extremamente suja, de forma totalmente mentirosa”.

Na live, o ex-presidente afirmou ainda que a “Polícia Federal não cansa” e deu a entender que uma nova versão surge em mais uma suposta tentativa de ligar o crime a ele. “Já se começa outra narrativa. A PF, a PF do B, igual existe PC do B, já trabalha com hipótese de um segundo mandante. Ou seja, eles não cansam.”

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