Brasília, 03/10/2024

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Renan Calheiros comemora cassação de Dallagnol: ‘Pivete ficha suja’

O senador Renan Calheiros (MDB) ironizou nesta terça-feira, 16, a cassação do agora ex-deputado federal Deltan Dallagnol (União Brasil). O parlamentar usou seu perfil no Twitter e chamou o antigo procurador da Lava Jato de “pivete ficha suja”.

“Deltan Dallagnol delinquiu no MP ávido pelo poder. Para fraudar a lei, antecipou a exoneração para fugir da ficha limpa, mesmo com duas condenações no CNMP — uma de minha autoria — e 15 processos. A Justiça tarda, mas não falha. O TSE cassou o mandato do pivete ficha suja da Lava Jato”, escreveu.
A manifestação de Renan Calheiros não ocorreu por acaso. O senador foi investigado pela Lava Jato e trocou acusações públicas com Dallagnol e Sergio Moro, afirmando ser perseguido pela dupla.
Um dos alvos mais célebres da operação, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PTB), foi sucinto: “Tchau, querido”, escreveu no Twitter. A frase ficou famosa durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ocorrido enquanto Cunha comandava a Casa legislativa.

O ministro da Justiça do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — que foi preso e condenado pela Lava-Jato, em sentenças posteriormente derrubadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) —, Flávio Dino também comentou a cassação. “Sobre julgamento realizado hoje no TSE, lembrei-me de um texto bíblico, que dedico ao presidente Lula. ‘Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!'”, escreveu Dino.
Cassação
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná havia negado ambos os recursos apresentados contra o então deputado, mas tanto a coligação como o partido recorreram ao TSE para reverter a decisão.A decisão tomada pelo TSE se deu após os ministros entenderem que Dallagnol pediu exoneração do seu cargo de Procurador-Geral da República (PGR) no Ministério Público Federal (MPF) para escapar de eventuais punições que poderiam resultar na sua inelegibilidade.

“Constata-se, assim, que o recorrido agiu para fraudar a lei, uma vez que praticou, de forma capciosa e deliberada, uma série de atos para obstar processos administrativos disciplinares contra si e, portanto, elidir a inelegibilidade”, afirmou Gonçalves ao dar o seu voto no processo. (O Dia/IG)

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