Brasília, 25/05/2025

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Representantes de 20 países se reúnem na Espanha para discutir criação do Estado da Palestina

Representantes de 20 países se reuniram neste domingo (25) em Madri, capital da Espanha, para discutir a criação do Estado da Palestina. A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares Bueno. O representante do Brasil no encontro foi o chanceler Mauro Vieira. Informações do G1.

“A guerra em Gaza tem que acabar. A situação é desumana e cruel. O povo palestino tem o direito à esperança. A via de dois Estados, Palestina e Israel coexistindo em paz e segurança, é a solução. Hoje [domingo], em Madri, 20 países se reuniram para avançar nessa questão”, publicou o chanceler espanhol.

Ainda de acordo com o Itamaraty, Vieira criticou a inação da comunidade internacional diante do “massacre” de civis inocentes em Gaza, e advertiu que a história não admitirá desculpas para essa atitude.

O ministro também se encontrou com o primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Mustafa. O chanceler brasileiro reafirmou que ampliar o reconhecimento internacional da Palestina como Estado e promover sua admissão como membro pleno da ONU são passos indispensáveis para a solução de dois Estados”.

Na semana passada, Mauro Vieira já havia informado, durante audiência no Senado, que participaria do encontro, reforçando a posição histórica do Brasil a favor da criação do Estado da Palestina e da convivência pacífica com Israel.

Neste domingo, em uma rede social, o Itamaraty confirmou a participação do ministro no encontro, reforçando que a discussão acontece num momento de “tragédia humanitária” em Gaza.

Conforme o chanceler brasileiro, é “muito importante” haver iniciativas em nível internacional para discutir o tema, buscando “pôr fim a essa invasão e a esse desrespeito ao direito internacional e ao direito internacional humanitário” em Gaza.

Desde que começou a guerra entre o governo de Israel e o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, em outubro de 2023, o Brasil tem defendido que as partes cheguem a um acordo que leve a um cessar-fogo permanente, além da entrada ininterrupta de ajuda humanitária para os palestinos.

Dados divulgados pelo Hamas dão conta de cerca de 60 mil pessoas já morreram no conflito e, nesse contexto, o governo brasileiro tem:

  • defendido a saída completa das tropas israelenses de Gaza;
  • questionado os limites éticos e legais das ações militares do governo de Benjamin Netanyahu;
  • afirmado que a estratégia militar de Tel Aviv dificulta um eventual acordo.
Reunião na Espanha sobre a Palestina — Foto: Reprodução/ José Manuel Albares

Reunião na Espanha sobre a Palestina — Foto: Reprodução/ José Manuel Albares

Grupo de trabalho na ONU

O Ministério das Relações Exteriores informou que o Brasil foi convidado a presidir um dos grupos que vão discutir na Organização das Nações Unidas (ONU) a criação do Estado da Palestina.

De acordo com o Itamaraty, a França e a Arábia Saudita presidem a Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados e criaram oito grupos de trabalho para discutir o tema. A conferência acontecerá em junho deste ano.

Segundo o Itamaraty, os dois países presidentes da conferência convidaram o Brasil e o Senegal para presidirem conjuntamente o grupo de trabalho número 7, que tem como tema “Promoção do respeito ao direito internacional para a implementação da solução de dois Estados”.

‘Carnificina’ em Gaza

Na última semana, ao participar de uma audiência no Senado, Mauro Vieira afirmou que o governo vê uma “carnificina” acontecendo na Faixa de Gaza e entende que a comunidade internacional não pode ficar “de braços cruzados”.

“Acredito que é uma situação terrível o que está acontecendo. Há uma carnificina. É uma coisa terrível o que está acontecendo. Há um número elevadíssimo [de mortes de] crianças. É algo que a comunidade internacional não pode ver de braços cruzados”, afirmou Mauro Vieira.

Mauro Vieira lembrou a posição histórica do Brasil em defesa da “solução de dois Estados”, isto é, com Israel e Palestina convivendo simultaneamente e pacificamente.

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