A escola Rosas de Ouro foi eleita nesta terça-feira (4) a campeã do Carnaval de São Paulo de 2025 com o enredo Rosas de Ouro em uma Grande Jogada. Na avenida, a agremiação mostrou a história e a influência dos jogos para a humanidade.
No ano passado, a agremiação ficou em 11º lugar e chegou próxima ao rebaixamento. A escola, que já acumulava sete títulos do Carnaval paulistano, havia ficado em primeiro lugar pela última vez em 2010, com um enredo sobre o cacau e o chocolate. A Sociedade Rosas de Ouro foi fundada em 1971, na Brasilândia, bairro da Zona Norte da capital paulista.

A Rosas de Ouro teve 269,8 pontos, seguida da Acadêmicos do Tatuapé, com 269,8 , e da Gaviões da Fiel (269,7 pontos). A apuração deste ano foi apertada e a decisão final só foi consolidada no último quesito.
A vice-campeã Acadêmicos do Tatuapé venceu com o enredo Justiça – A Injustiça Num Lugar Qualquer é uma Ameaça à Justiça em Todo Lugar. A escola da Zona Leste da capital protagonizou uma das cenas mais marcantes do desfile. Um dos carros levou à avenida a representação de uma criança morta, ensanguentada, no colo da estátua símbolo da Justiça. Com as cores verde e amarela, a estrutura representava também a desigualdade social, com ricos e pobres divididos entre o luxo e a miséria.

Em terceiro lugar, a Gaviões da Fiel apresentou um enredo que celebrou a ancestralidade africana, com o tema Irin Ajó Emi Ojisé, que em tradução para o português significa “a viagem do espírito mensageiro”. As máscaras tradicionais representaram o tema do início ao fim.
A religiosidade afro-brasileira foi o fio condutor do desfile e as simbologias estiveram presentes desde a comissão de frente. Ao longo da apresentação, a trajetória de Orunmilá – entidade que conecta a terra ao mundo espiritual – foi acompanhada de representações de outros orixás, como Exu, Nanã e Xangô.

A Mancha Verde e a Acadêmicos do Tucuruvi ficaram nas últimas colocações e caíram para o Grupo de Acesso I. Elas levaram a avenida, respectivamente, os enredos Bahia, da Fé ao Profano – sobre ancestralidade africana do povo baiano – e Assojaba – a busca pelo manto, que contou a história do manto tupinambá, vestimenta de grande importância para a tradição indígena.
No próximo sábado (8), as primeiras colocadas participarão do desfile das campeãs, marcado para às 20h no Sambódromo do Anhembi.
Tom Maior e Mocidade Unida da Mooca sobem ao Grupo Especial
Com uma pontuação de 269,8 sobre o samba-enredo “Uma nova Angola se abre para o mundo! Em nome da paz, Martinho da Vila canta a liberdade!”, a Tom Maior foi a campeã do Grupo de Acesso I do Carnaval paulista, garantindo sua subida ao Grupo Especial ao lado da Mocidade Unida da Mooca, que ficou em segundo lugar com a mesma pontuação.
Ambas as escolas também desfilarão no desfile das campeãs, no próximo sábado, e garantem vaga no grupo de elite no Carnaval de São Paulo em 2026.
Já X-9 Paulistana, com 269 pontos, e a São Lucas, com 268,9, ficaram nas últimas posições, sendo rebaixadas para o Grupo de Acesso II. (BdF)