Selton Mello celebrou as três indicações de “Ainda Estou Aqui’ ao Oscar 2025. Na manhã desta quinta-feira (23), o filme fez história, sendo o primeiro brasileiro a ser indicado na principal categoria da premiação (Melhor Filme). Informações do G1.
Além disso, o longa de Walter Salles, que é uma produção original Globoplay, entrou na disputa nas categorias de Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com a atuação de Fernanda Torres.
“Fizemos um filme. Ele nasceu vitorioso por motivos variados:
por lembrar o que jamais pode ser esquecido
por comover com uma beleza austera
por encher as salas de cinema de novo
por levar nossa sensibilidade para o mundo
por recuperar nossa autoestima cultural
por abrir tantas portas para outros que virão
por restaurar o amor pelo cinema brasileiro
por ter criado algo emocionalmente poderoso
por alcançar o raro equilíbrio entre estética & ética
por ser sublime em sua justa simplicidade.
Muitas camadas. Nosso país precisava desse filme. O mundo todo precisava desse filme.
Nesse exato momento, três indicações ao Oscar: com a de melhor filme nós entramos para a história para sempre. Ainda estamos aqui. Eunice, Rubens, nós & vocês.”
Em entrevista para GloboNews, o ator contou que está na Austrália e acordou o hotel com a comemoração. “A gente sonhava com o melhor filme. Isso é histórico. Isso mostra nossa potência criativa”.
O intérprete de Rubens Paiva contou que a família Paiva merecia essas indicações e exaltou os concorrentes.
“Os sensíveis foram indicados ao Oscar hoje”
“O filme é o corpo do Rubens que nunca foi encontrado. Eu só tive acesso a fotografias e conversei com a família dele. Eu queria imprimir na tela o que ele significava e emanava”, disse.
Selton Mello explicou ainda que as indicações vão trazer destaque para outras produções artísticas do Brasil. “É uma abertura de porta e reconhecimento da grandeza do que fazemos”, falou.
“Ainda estou aqui” é uma adaptação do livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva. No filme, o público acompanha a transformação da mãe do escritor – uma dona de casa dos anos 1970, mãe de cinco filhos – em uma das maiores ativistas dos Direitos Humanos do país após o assassinato do marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), pela ditadura militar. O filme também concorre ao BAFTA, considerado o “Oscar britânico”. Cerimônia acontece no dia 16 de fevereiro.