Brasília, 19/05/2024

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Show de Eduardo Rangel comemora 80 anos de Chico

O brasiliense tem uma agenda musical imperdível para o próximo dia 23 de maio, uma sexta-feira, no Clube do Choro. Lá estará o cantor Eduardo Rangel para homenagear os 80 anos do artista Chico Buarque de Hollanda e lançar o álbum “Eduardo Rangel e Quarteto Sinfônico Interpretam Chico Buarque”. Com arranjos do maestro Joaquim França, o show traz a face mais lírica e sofisticada da aclamada obra desse que é um dos maiores compositores da música brasileira. Informações do ZecaBlog.

O Quarteto Sinfônico é formado por músicos de diferentes orquestras da capital. O violino de Daniel Cunha, o violoncelo de Ocelo Mendonça e o contrabaixo de Paulo Dantas se unem ao piano do maestro Joaquim França. O show recebe como convidados Ytto Morais (percussão e efeitos) e Márcio Vieira (pancorde, baron, flutuô e Girassino). Integrante do Grupo Udi Grudi, Márcio cria os próprios instrumentos que ouvimos em ‘Ciranda da Bailarina’ (vídeo abaixo).

Rangel consegue entrar no mundo de Chico Buarque de Hollanda com extrema facilidade, como se estivesse passeando pela própria casa. Com sua voz refinada e delicada, percorre – com maestria, atrevimento e passos seguros – o universo feminino e poético de Chico.

‘Valsa brasileira’, ‘Tatuagem’, ‘Futuros amantes’, ‘Beatriz’, ‘Samba e amor’ e ‘Jorge Maravilha‘ são algumas das criações a serem interpretadas por Rangel, intérprete que, no palco, doa intensidade. Quem assistir ao show verá a reinvenção de Chico, tanto na voz e estilo marcante do cantor, como nos arranjos especialmente criados por França para o espetáculo.

Interpretar é recriar, e o público aplaude quem canta com o corpo inteiro, literalmente levando teatro ao tablado da música, incorporando diferentes personagens para cada composição. E a presença de cena do contratenor não é por acaso. Ao residir no Rio de Janeiro, onde gravou seu 1º álbum (Pirata de Mim/1998), estudou teatro com mestres, como Luiz Antônio Martinez Corrêa, Ivone Hoffman e Dimer Monteiro. Quem ganhou, foi o público.

Riqueza harmônica e a construção de personagens foram os principais critérios na escolha do repertório, com preferência para as composições menos gravadas de Chico Buarque. Segundo o maestro Joaquim França, “foram escolhidas músicas que associam Chico aos compositores românticos do século XIX, como Chopin e Brahms. Obras que, talvez pela complexidade harmônica e extensão melódica, raramente são executadas em apresentações ao vivo”.

Sobre o cantor Rangel, Aquiles Reis, jornalista e vocalista do MPB4, escreveu que se trata de uma voz “delicada, afinada, aguda, personalíssima, que reflete a inquietude e impele o artista à fome por desvendar os enigmas da criação”. Para o jornalista e escritor Márcio Bueno: “toda música, por mais conhecida que seja do público, na sua voz inconfundível torna-se uma novidade”.

Importante destaque no trabalho são os arranjos do maestro Joaquim França. Requisitado arranjador e regente de orquestras brasileiras para nomes como Ivan Lins, Guilherme Arantes e Francis Hime, o maestro conferiu ao trabalho o casamento do requinte erudito com a descontração da música popular.

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