Brasília, 18/01/2025

STF determina que governador de SC explique declaração sobre conversa entre Costa Neto e Bolsonaro

Carolina Bataier
Brasil de Fato 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou, nesta sexta-feira (17), que o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), preste depoimento à Polícia Federal (PF) para esclarecer sobre informação dada em entrevista à emissora Jovem Pan.

Na ocasião, Mello disse que Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, “conversa muito” com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“E o nosso presidente Valdemar conversa muito com o Presidente Bolsonaro, que é o Presidente de honra, né? Espero que daqui um pouquinho eles possam conversar na mesma sala né? Para se ajudar ainda mais”, disse, na ocasião. O trecho da conversa está destacado na decisão do STF, publicada nesta sexta-feira (17).

Segundo o governador, o presidente do PL teve que providenciar uma sala distante do seu gabinete na sede do partido para que não ficasse perto de Bolsonaro durante as passagens do ex-mandatário por ali nas idas a Brasília. “Ele tá entristecido com isso”, disse o governador de SC, na entrevista, referindo-se ao líder do PL.

Por decisão judicial, Bolsonaro e Costa Neto não podem ter contato, já que ambos são investigados por possível envolvimento na tentativa de golpe de Estado.

“A entrevista do governador de Santa Catarina indica possível violação às medidas cautelares impostas por esta Suprema Corte, em especial a proibição de manter contato com os demais investigados aplicada a Jair Messias Bolsonaro e Valdemar Costa Neto”, escreveu Moraes no despacho.

O ministro estabeleceu o prazo de 15 dias para que Jorginho Mello preste informações à PF sobre as declarações dadas à Jovem Pan.

A assessoria de comunicação do PL nacional afirmou, em nota, que Valdemar não mantém “qualquer contato” com Bolsonaro, segundo o UOL.

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